Os desafios na alimentação de pacientes com Alzheimer

Os desafios na alimentação de pacientes com Alzheimer
Foto: Imagem meramente ilustrativa

Thursday, 10 August 2023

Progressão da doença é acompanhada por perda de apetite e dificuldade para engolir.

Para quem cuida de uma pessoa com Doença de Alzheimer, o desafio para alimentá-la não se restringe a montar uma dieta equilibrada. A progressão da enfermidade é acompanhada por perda de apetite e é preciso estar atento aos possíveis motivos da inapetência. Além disso, é indispensável garantir que o idoso se hidrate. A Associação do Alzheimer tem uma lista com informações e sugestões, seguem dez dicas:

  • Não reconhecer a comida: a pessoa não sabe mais o que são os alimentos que estão em seu prato e se recusa a consumi-los.
  • Dor para mastigar: comer pode se tornar uma atividade dolorosa e o paciente nem sempre consegue explicar o incômodo. No caso do uso de dentaduras, é importante checar se estão em boas condições.
  • Medicamentos: remédios novos ou dosagens diferentes interferem no apetite e o médico deve ser avisado.
  • Sedentarismo: a falta de atividade física diminui a fome. Uma caminhada ou se dedicar a afazeres domésticos simples ajudam.
  • Seja flexível e paciente: o paciente às vezes desenvolve novas preferências ou passa a rejeitar coisas que antes apreciava. A refeição pode levar uma hora ou mais.
  • Ofereça os alimentos na forma de petiscos, que não demandam talheres: nuggets de frango ou peixe, pedaços de brócolis ou couve-flor (que são como arvorezinhas), gomos de laranja ou tangerina etc.
  • Prepare pratos que não sejam difíceis de mastigar e engolir: carnes moídas, purês, ovos mexidos. Fique atento aos engasgos e deixe que a pessoa tussa, o melhor recurso para expelir um corpo estranho. A chamada Manobra de Heimlich só deve ser utilizada se a obstrução das vias respiratórias for grave e potencialmente fatal.
  • Estimule o ato de comer: ponha o talher na mão da pessoa e a envolva com sua mão, levando a comida à boca do paciente.
  • Para que o idoso beba líquidos, deixe água sempre à vista, para servir de estímulo. Lembre-se que há muitas outras opções: chás, sucos, bebidas isotônicas, frutas e vegetais, que contêm água. Faça picolés, smoothies, milkshakes e experimente diferentes temperaturas, até descobrir qual agrada mais.
  • A partir dos estágios intermediários do Alzheimer, distrações e um excesso de opções atrapalham. O ambiente deve ser calmo; a mesa, minimalista. Por exemplo, use pratos e tigelas brancas sobre um fundo liso com uma única cor, e cheque a temperatura da comida. Não sirva diversos alimentos de uma só vez, o que pode deixar a pessoa confusa. Tenha ainda em mente que talvez ela não se lembre que já comeu. Nesse caso, considere a possibilidade de “fatiar” a refeição, oferecendo suco, depois uma torrada, e assim por diante.

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Redação

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