A discussão envolvendo o ISSBLU tem se aquecido semana após semana. A cada novo dia, mais servidores vêm às sessões para tomar parte no debate público.

Se por um lado o assunto é profundamente complexo envolvendo nuances que devem ser cuidadosamente discutidas e, muitas vezes, dividem opiniões, por outro lado o excedente de visitantes apenas mostra – na prática – que a necessidade de uma nova sede para a Câmara é real.

Enquanto alguns tem se esforçado para fingir não enxergar o quão o atual prédio é incapaz de atender as demandas do Legislativo, a realidade se impõe causando desconforto.

Nesta quinta (20) a Casa do Povo – como são chamadas as casas legislativas – recebeu um enorme número de pessoas: os 100 assentos do plenário foram preenchidos (respeitando as normas de segurança) e diversas outras pessoas ficaram esperando na antessala (e até mesmo na recepção).

Os ares-condicionados não deram conta de tantas pessoas, deixando o clima um pouco abafado. Formaram-se filas em frente à porta da escada principal e também nos bebedouros. O elevador – daquele que é o prédio público com menor acessibilidade da cidade – também operou muito acima do que estava acostumado. Aquele edifício obsoleto não comporta sua atual função.

Quando a Câmara saiu do prédio da prefeitura e encontrou um teto provisório em seu atual endereço, muitos criticaram, mas compreenderam a necessidade momentânea. Entretanto, mais de uma década se passou e alguns projetos foram apresentados sem que nenhum tenha visto a luz do dia.

Como presidente – Ito de Souza – pode fazer a diferença. O homem que se notabilizou pela coragem de enfrentar agentes que representavam o que havia de pior no Poder Público, pode ser o único capaz de entregar um lar eficiente para a Câmara que – a despeito de egos e vaidades – seja funcional, pouco oneroso e entregue em menos de dois anos.

Os blumenauenses merecem um local que lhe ofereça mais do que calor e espera sem assento.