No próximo domingo, 11 de maio, pessoas de várias partes do mundo devem se organizar para presentear as suas mães, tendo em vista a data do Dia das Mães. A data homenageia a figura familiar materna todos os anos, e varia de acordo com o país — por exemplo, enquanto no Brasil é celebrada no segundo domingo de maio, em Portugal é no primeiro domingo do mês.

E uma curiosidade sobre a data é que ela foi criada em 1908 por uma ativista social norte-americana chamada Anna Maria Jarvis. Segundo a revista Time, ela nasceu durante a Guerra Civil, e viu sua mãe, Ann, trabalhar na organização de Clubes de Trabalho Materno para cuidar de soldados de ambos os lados da guerra, a fim de diminuir as diferenças entre as mães do Norte e do Sul.

Por isso, ela começou a organizar o que se tornaria o Dia das Mães como uma forma de homenagear o trabalho de sua mãe, bem como seus esforços de pacificação. Tudo começou com uma pequena reunião entre amigos em 1907, em que anunciou sua ideia de criar um feriado nacional em homenagem às mães, e em 1908 foram realizadas as primeiras celebrações formais da data, no segundo domingo de maio — aniversário de morte da mãe de Jarvis.

O Congresso dos EUA só aprovou uma lei oficializando o Dia das Mães como feriado em 1914, de forma que o primeiro Dia das Mães oficial só aconteceu mesmo no dia 10 de maio de 1914 — mesmo que o feriado já fosse reconhecido amplamente.

Lutando contra a data

Embora tenha sido a idealizadora da data, Anna Jarvis acabou passando a última parte de sua vida lutando contra o Dia das Mães. Isso porque, mesmo que tenha se esforçado para que isso se tornasse feriado oficial, ela acabou se opondo à comercialização e popularização do feriado, o que o desviou de sua intenção inicial.

"Estão comercializando o meu Dia das Mães", reclamou ela em cartas a jornais de sua época. Em outro comunicado à imprensa, ela também disse: "O que vocês farão para afugentar charlatões, bandidos, piratas, mafiosos, sequestradores e outros cupins que, com sua ganância, minam um dos movimentos e celebrações mais nobres e verdadeiros?"

Com isso, Jarvis acabou lutando diretamente contra a primeira-dama, Eleanor Roosevelt, por usar o Dia das Mães como um dia para arrecadas dinheiro para a caridade. Ela inclusive foi presa por perturbação de uma convenção da Filadélfia das Mães Americanas de Guerra, que celebravam o Dia das Mães e utilizavam o emblema do cravo branco — flor oficial da data.

Por fim, vale destacar que Anna Jarvis nunca se casou e nem teve filhos, dedicando sua vida principalmente à causa do Dia das Mães. Ela faleceu em West Chester, na Pensilvânia, no dia 24 de novembro de 1948, aos 84 anos, devido a uma insuficiência cardíaca. Hoje, ela está sepultada no Cemitério Laurel Hill, em Bala Cynwyd, Pensilvânia, ao lado de sua mãe.