Como saber quem visualiza seu perfil no Facebook?

Como saber quem visualiza seu perfil no Facebook?
Foto: Imagem meramente ilustrativa

Sunday, 04 November 2018

E como o funciona o “Pessoas que você talvez conheça” dessa rede social?

Para saber quem admira o seu perfil e gosta de viajar na sua página Facebook, o lugar mais óbvio, mas quase sempre desprezado, é a lista de amigos visualizada na janela à direita do seu diário. Como Facebook os escolhe? Essa seção muda continuamente e pode incluir os amigos com os quais você interage com mais frequência nos quadros de notícias, nos comentários e nos eventos dos quais ambos participam. Mas, se você perguntar ao site, Facebook responde que não seleciona os amigos a serem visualizados com base nos perfis que você escolhe visualizar ou aqueles com os quais você interage nas mensagens e no chat. Estará dizendo a verdade, ou apenas parte dela? Não há como saber.

Três truques "não científicos"

Assim sendo, é melhor lançar mão de outros métodos. Aqueles propostos pelo site Science 2.0, por exemplo, que não se baseiam em nenhuma ciência exata.

Esse site oferece pelo menos três hipóteses que define como "probabilísticas" muito mais que "deterministas" a respeito de quem examina com maior frequência o seu perfil. O primeiro método é atualizar mais vezes a sua página e verificar os amigos que aparecem na janela à direita. Segundo o Science 2.0 essas são as pessoas que consultaram com maior frequência e mais longamente o seu perfil nas últimas 36 horas.

O segundo truque para descobrir quem regularmente dá uma olhada nas suas coisas postadas no Facebook é convidar todos os seus amigos para um evento. Existem três categorias de pessoas: os que aceitam o convite, os que ainda estão indecisos e os que recusam o convite. Segundo Science 2.0 as pessoas que aparecem nas primeiras 5 posições de cada categoria viram o seu perfil ou as suas imagens.

O terceiro estratagema é usar a barra de pesquisas que você irá encontrar na parte superior de cada página digitando uma a uma as letras do alfabeto. A interpretação é bivalente: a primeira pessoa que aparece é a última que você visitou ou a última que lhe localizou. Só você pode saber isso... Outro indício de quem poderia ter tentado ver, ou talvez tenha visto o seu perfil se você não impôs regras rígidas a respeito da privacy, é elencado na lista dos amigos que você poderia conhecer na janela principal do Facebook. Mas a verdade é que ainda persistem dúvidas sobre a validade deste terceiro estratagema.

Admirador quer permanecer oculto

O Friendster (http://www.friendster.com/) é uma rede social australiana bem conhecida e que foi muito forte nos países asiáticos até setembro de 2008. Nesse mês, a rede lançou uma função para que o usuário pudesse saber quem olha, e com qual frequência, o seu perfil. Foi o seu fim. O Friendster tentou se recolocar frente ao público nos anos seguintes, mas não teve muito sucesso. O episódio mostrou que a maior parte dos usuários gosta de visitar um perfil, mas não quer ser identificado pelo dono desse mesmo perfil... O Friendster pagou o preço dessa descoberta, que desde então tem sido levada em consideração pelas demais redes sociais ao redor do mundo. Facebook inclusive.

Mas, se quer ou necessita realmente saber quem tem obsessão por você no Facebook, existem duas ferramentas que poderão lhe servir: esse bookmarklet (http://thekeesh.com/2011/08/who-does-facebook-think-you-are-searching-for/), pequeno programa em JavaScript que você pode salvar entre os preferidos do seu browser) e o add-on WhoIsLive (http://www.whoislive.com/). Não funcionam 100%, mas com frequência dão certo.

Como o funciona o “Pessoas que você talvez conheça” do Facebook

Se você é usuário do Facebook, certamente já deve ter ficado surpreso em alguma ocasião com as sugestões de amizade que a rede social oferece. Do nada, aparece uma pessoa que você não via a há anos na área “Pessoas que você talvez conheça”, e, em algumas situações isso pode ser um pouco perturbador, ainda mais quando não há nenhum amigo em comum entre você e a sugestão.

Esse recurso do Facebook já gerou muita polêmica e tem alimentado rumores de que a rede social “espiona” emails que não estão conectados com os serviços da empresa. Kashmir Hill, do Gizmodo, fez um levantamento de algumas histórias interessante sobre essa suposta espionagem e descobriu que a conexão entre pessoas muitas vezes depende dos contatos armazenados no smartphone que os usuários do Facebook compartilham com a rede social.

Em um dos casos, uma advogada disse ter deletado sua conta no Facebook após ter recebido uma sugestão para fazer amizade na rede social com um defensor público com o qual ela só tinha tido contato via email profissional. Com isso, a advogada ficou convencida de que o Facebook estava espionando de alguma forma seus emails do trabalho.

O caso, segundo Hill, é provavelmente fruto dos “perfis-sombra” que o Facebook faz de cada usuário. Isto é, perfis com informações ocultas que o usuário não consegue ver nem controlar. Esses perfis são construídos com dados que os usuários e os amigos dos usuários compartilham com a rede social de forma privada ou pública.

Assim, se você compartilhou sua lista de contatos do smartphone com o app do Facebook ou do Messenger, a rede social consegue cruzar números de telefone, emails, fotos de perfil e muitos outros detalhes para encontrar usuários da rede social e sugeri-los como amigos. No caso da advogada, é provável que ela tenha compartilhado sua lista de contatos, ou mesmo o procurador, no qual constava o email de ambos. Fazendo um cruzamento de informações, a rede social imaginou que ambos poderiam ser amigos.

O problema é que esses perfis-sombra, como eles têm sido chamados na web, guardam muito mais informações sobre os usuários do que eles imaginam. É possível que o Facebook saiba praticamente todos os endereços nos quais você morou através dos contatos que você mantém ou manteve dos seus locadores e também todos os números de celular ou telefone fixo que você já usou na vida. Isso porque você ou seus amigos podem ter compartilhado suas listas de contato com a rede social.

Quem não deve, não teme?

Certamente, muita gente pode dizer que “quem não deve, não teme”, mas a questão não é só essa. Apesar de o Facebook pedir permissões para coletar todos esses dados, os usuários não têm como saber qual é a real dimensão da cEoisa. Depois de anos, você pode ter tantos dados disponíveis para a empresa que sua vida inteira pode ser como um livro aberto.

Mesmo que isso não comprometa ninguém de forma legal, será que as pessoas realmente não se importam em dar tantos dados assim para uma empresa que lhes fornece uma rede social cheia de anúncios?


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Redação

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