Honremos as memórias de Suelen e Amanda
Foto: DivulgaçãoMonday, 25 February 2019
Que essas duas adoráveis jovens nunca sejam esquecidas e que ajudemos Maria Eduarda que agora, mais do que nunca, precisa do nosso auxílio.
Neste sábado duas estrelas se apagaram. Não há nada que você, eu ou qualquer um possa fazer ou dizer para mudar isso. O mundo ficou menos colorido. O verão foi embora mais cedo.
Escrevemos uma matéria contando o que aconteceu e todas as consequências, mas não poderíamos escrever uma homenagem a essas duas lindas jovens no mesmo espaço. A elas era necessário um espaço especial. Com mais emoção e menos fatos. Com mais luz que escuridão.
Eu não as conhecia. Infelizmente, jamais chegarei a conhecer. Nunca vou saber qual o prato preferido ou a música que menos gostava. Nunca vou imaginar quais seus planos para 2019 ou como foram suas férias. Mas sei que existiram e fizeram parte de uma geração de pessoas que tenta fazer do mundo um lugar melhor. E a ausência delas vai fazer diferença.
Os teutões se reuniam na fogueira quando um guerreiro tombava e cantavam histórias sobre eles. Os chineses entendiam a transitoriedade da vida e se felicitavam pela alma que, agora, estaria livre do sofrimento terreno. Os tibetanos viam as almas daqueles que amavam como estrelas a mais no céu da noite e os romanos honravam as memórias de seus entes queridos.
Que essas duas moças – tão jovens e tão no começo da vida – não sejam esquecidas jamais. Que seus amigos contem suas histórias, que suas famílias aceitem sua passagem como um evento transitório, que suas almas brilhem na noite e que suas vidas sejam exemplos.
A vida é breve. Um sopro. Neste momento alguém em algum lugar nesse mundo com 7,5 bilhões de almas está morrendo enquanto outro alguém está nascendo. Um idoso que sofre para sobreviver e, partindo, alivia quem o ama ou um jovem com quem cruzamos à tarde.
Sábado foram elas. Moças alegres e cheias de vida. Um dia serei eu. Você. Todo mundo. E elas estarão lá, sempre jovens, lindas e felizes. Um dia não haverá mais ninguém para apagar as luzes.
Revoltar-se não vai trazê-las de volta. E aqui não se trata disso. Seus pais, irmãos, amigos e familiares ainda estão vivos. E por muito tempo deverão estar. Consolá-los é fundamental. Tente não demonstrar sua revolta perto de quem sofre essa perda. Evite, como dizem, “colocar lenha na fogueira”. Por isso escrevemos os dois textos separadamente.
Lembrem aos que sentem com mais profusão essa ausência que elas morreram amando as pessoas a sua volta. Que estão em um lugar melhor. A fé é um bálsamo benigno nesses momentos (para quem a tem). Um dia todos se reencontrarão. Um dia. Mas não agora.
Que essas meninas – Suelen e Amanda – comovam as autoridades. Que nunca sejam apagadas dos corações de quem as conheceu. Mas que essa memória incentive, não desespere.
Bob Dylan – compositor legendário e ganhador de um Nobel de Literatura – certa vez disse em uma de suas canções que somos poeira no vento. O subestimado músico Vinícius Bonotto Conrado (vulgo, Vinny) já disse que “no final somos histórias para contar”.
Enquanto Suelen e Amanda estiverem vivas nos corações de quem as ama elas nunca vão ter partido. Mas manter essa chama acesa dói e, portanto, todo apoio às suas famílias nesse momento.
Apesar de não as conhecer, sou amigo das primas de Maria Eduarda Kraemer, Amanda e Alexandra Curbani. Maria Eduarda precisa de ajuda. Precisa de sangue. Não podemos mais salvar Suelen ou Amanda, mas podemos ajudar Duda. Por favor, em memória dessas duas honoráveis jovens que partiram cedo demais doe. Não permita que mais uma vida se apague.
Você pode ir ao Hemosc e é importante que vá. Não podemos fazer nada pelo passado, mas ainda há muito que pode ser feito pelo futuro. Nunca esqueça isso.
E os mais profundos sentimentos às famílias e amigos de todas as moças envolvidas. Que o mar nunca saia de seus olhos e que o sol nunca pare de brilhar para elas.