Guarás retornam a Florianópolis depois de 200 anos

Guarás retornam a Florianópolis depois de 200 anos
Foto: Divulgação

Saturday, 30 November 2019

Trabalho de conservação e educação ambiental contribui para manutenção da biodiversidade.

Um cenário que não era visto há muito tempo foi registrado por turistas, observadores e moradores de Florianópolis (SC) nos últimos dias: Guarás, consideradas uma das aves mais simbólicas do Brasil, foram vistas em um grupo com cerca de mil animais em alguns mangues da cidade. O fenômeno chamou a atenção já que os últimos registros da presença desta espécie em Santa Catarina datavam de mais de dois séculos atrás.

O motivo do retorno, segundo especialistas, é a recuperação dos manguezais da ilha. O animal tem cerca de 50cm e tem o bico fino e curvado para baixo. Mas o que chama mais a atenção do público é a cor da plumagem, resultado da alimentação da espécie: geralmente eles comem caranguejos que possuem um pigmento natural.

Educação ambiental contribui para o retorno

O retorno dos Guarás aconteceu 200 anos depois, graças a oferta de alimentação que eles encontraram nos mangues de Florianópolis (SC).

Segundo Cezar Santos, biólogo educador do Zoo Pomerode, neste campo de pesquisa, se busca construir a ideia de que fazemos parte do mesmo sistema. “Nós precisamos nos colocar como agentes de mudança, participantes do processo de conservação ou destruição da natureza. Simplesmente porque nós somos também parte dela”, comenta. “Quando a sociedade trabalha para manter espaços como os mangues saudáveis, impacta de forma clara todo o ecossistema. Neste processo fica evidente o papel da educação ambiental na recuperação de áreas degradadas e na conservação da biodiversidade”, acrescenta.

“O Zoo Pomerode tem um amplo conhecimento sobre a espécie com excelente taxa de reprodução desses animais”, comenta Cezar. Nas visitas guiadas, a ave sempre é motivo de conversa e explicação. “Por conta da cor, o Guará é umas das aves que mais chama a atenção no zoológico. Reforçamos de forma incisiva a importância da conservação dos mangues e do nosso papel enquanto sociedade de prezar pela biodiversidade”, finaliza.


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Redação

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