Vivemos em uma sociedade de pedintes e mendigos

Vivemos em uma sociedade de pedintes e mendigos
Foto: Reprodução

Wednesday, 17 February 2021

Seja nas ruas ou nas redes sociais, pessoas comuns decidiram que mendigar é mais fácil do que batalhar por seus objetivos.

Pode ser nas ruas, nas redes sociais, na televisão ou em qualquer outro lugar... uma coisa é certa: vai ter alguém te pedindo dinheiro.

O Centro de Blumenau se tornou uma Meca de pedintes... alguns com transtornos mentais que oferecem risco à sociedade, como já visto no passado... outros simplesmente abordando pessoas a esmo. Isso, claro, sem falar nos pedágios de ONGs que a maioria das pessoas não gosta.

Existiu até mesmo um empreendimento dito altruísta que, ao dar um passo maior que a perna, criou uma ‘vaquinha’ para tentar sobreviver da caridade de estranhos comovidos.

Então você entra numa rede social para se desligar um pouco da realidade e vê amigos ‘brincando’ de pedir doações via pix ou stories com todo o tipo de pessoas (em geral crianças) pedindo ajuda financeira para lidar com alguma doença. E não estamos falando de doenças cujos remédios custam fortunas. Estamos falando de doenças que o SUS cobriria.

Pretensos portais de notícias politicamente enviesados pedem contribuição financeira para viver. Movimentos sociais pedem contribuição financeira para viver. Criadores de conteúdo – como youtuber – pedem contribuição financeira para viver. Será que ninguém mais sabe viver sem a contribuição financeira de terceiros?

Na televisão programas de fofoca mostram artistas que estão vivendo da doação de seus fãs por causa da pandemia. Sem muita vergonha, essas pessoas pedem o seu dinheiro. Pessoas que, dois anos atrás, talvez sequer fizessem uma selfie com você.

Com a tragédia da Covid-19 muita gente ficou próxima da linha da miséria. O governo precisou dar mais dinheiro do que já dava. Algumas dessas pessoas – e é completamente compreensível – usaram suas redes sociais para pedir ajuda. Mães que geraram seus filhos no isolamento muitas vezes também pedem ajuda, como fraudas ou o enxoval, por suas redes.

Jornais pedem doação. Grandes projetos multimídia apelam para a sua caridade.

Quem não lembra a história do jornalista bolsonarista que arrecadou R$ 500 mil (sim, meio milhão de reais) para fazer um filme expondo a esquerda na Igreja Católica e nunca produziu nada (mas comprou um sítio e trocou de carro)? É ultrajante.

E ano que vem muitas pessoas – a maioria sem qualificação – vão te procurar para mendigar um outro tipo de coisa: voto. Lembre que em 2022 tem eleição.

A verdade é que viramos uma espécie de sociedade de mendigos que, muitas vezes por preguiça, acham mais fácil pedir do que fazer. O constrangimento de buscar ajuda (ou até dinheiro) alheio está sumindo a olhos vistos e a mendicância está se espalhando por várias classes sociais.

Antigamente era só o andarilho – abaixo da linha da pobreza – que pedia dinheiro para não morrer de fome (ou tomar cachaça), mas hoje pessoas de todas as classes sociais batem à sua porta pedindo por ajudas questionáveis.

Mas quer resolver o problema? Pare de dar. Não dê dinheiro para quem pede na rua, não entre em vaquinhas para quais os fins você não tem certeza, não apóie projetos sem transparência, não vote em qualquer um que pedir e sequer siga pessoas ou dê likes naquilo que você não aprovou totalmente só porque alguém te pediu.

Às vezes é preciso endurecer o coração para melhorar a sociedade.

Não se esqueça de deixar seu like, compartilhar o vídeo com seus amigos, se inscrever no canal, ativar o sininho de notificação e entrar no nosso Apoia-se. A não... espera... não somos youtubers e não fazemos esse tipo de apelação horrorosa.


>> SOBRE O AUTOR

Ricardo Latorre

>> COMPARTILHE