Lembra quando o ex-prefeito Napoleão, de forma desleal, ajudou a destruir o (péssimo) Consórcio Siga e colocou no lugar a (pior ainda) Piracicabana? Piracicabana, aliás, que sujou tanto o próprio nome que mudou para Blumob. Essa história está longe do fim.

Amanhã a Câmara dos Vereadores – capitaneada pela proposta dos parlamentares Carlos Wagner (PSL) e Tuca (Novo) – deve instaurar uma Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) contra a empresa.

A empresa – que tem sido questionável desde que chegou na cidade – teria descumprido uma cláusula contratual que determinava sua obrigação de viabilizar garagem aos veículos por 180 dias, com prorrogação por mais 180. Como houve o descumprimento, a Câmara mandou para A Prefeitura um requerimento querendo saber o posicionamento do Município.

Na resposta, o Executivo afirmou que, inclusive, havia aplicado multa na empresa. Mas não foi o bastante para agradar os (legitimamente) descontentes vereadores.

Para instaurar uma CPI são necessários cinco votos. Em bastidores, afirma-se que, além dos óbvios votos de Wagner e Tuca, o Parlamento também vai contar com os votos de Adriano Pereira (PT), Bruno Cunha (Cidadania), Gilson de Souza (Patriota), Silmara Miguel (PSD) e Victor Iten (PP). Votos mais do que necessários para a abertura do inquérito.

Caso seja aprovado em plenário, o requerimento será despachado para a Mesa Diretora, que criará uma Comissão Parlamentar de Inquérito formada pelo vereador solicitante, um representante da minoria (oposição) e outro da maioria (governo). Daí é só comprar pipoca.

A CPI pode resultar desde multa para a empresa até revogação da concessão.

Tomara que o Município tenha novas empresas de ônibus em vista porque, essa que o Napoleão arranjou, estava fadada a fracassar desde que chegou. E, na gaveta, alguém se desespera.