Blumob é investigada criminalmente pelo MP

Blumob é investigada criminalmente pelo MP
Foto: Divulgação

Monday, 16 August 2021

De acordo com o inquérito, possível graças à fiscalização do vereador Gilson de Souza, a empresa pode ter agido de forma a ferir a competitividade da licitação e cometer atos de improbidade administrativa.

E eis que a Blumob, enfim, tem motivos legítimos para se preocupar.

Desde que a tomou o lugar antes ocupado pelo Consórcio Siga, a empresa tem colecionado críticas e reclamações por parte dos usuários que a sustentam e a quem, aparentemente, despreza.

A Câmara dos Vereadores, através do parlamentar Carlos Wagner (PSL) instaurou uma CPI criada da forma menos inteligente, mas amadora e tola possível. Sendo assim, obviamente a comissão não daria em nada. Mas o Legislativo pôde contar com os hábeis olhos do vereador Gilson de Souza (Patriota).

No final de 2018 o parlamentar encaminhou ao Ministério Público denúncias contra a empresa e, desde então, a promotoria vem investigando. O MP põe em xeque a modalidade da licitação (por menor preço), a idade dos ônibus da frota e a diminuição da potência exigida (de 200 para 180 cavalos). Documentos foram colhidos com a própria Blumob e com o Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Até agora a promotoria avalia que a investigação revelou indícios de improbidade administrativa e crime de frustração do caráter competitivo da licitação. Dessa a maneira, o Ministério Público converteu o inquérito à esfera criminal. Gilson conseguiu êxito, sem apelar para CPI midiática, onde Wagner fracassou fragorosamente.

É a primeira vez desde 2017 – quando o então prefeito Napoleão Bernardes rompeu com o Siga – que a Blumob realmente está se vendo em uma situação que pode causar-lhe danos.


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Ricardo Latorre

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