Chega de moradores de rua em Blumenau

Chega de moradores de rua em Blumenau
Foto: Rick Latorre

Friday, 28 February 2025

Essas pessoas não são pragas, mas se portam como se fossem. A prefeitura os retira e, dias depois, eles retornam aos mesmos lugares. Já é hora desse problema ter um basta.

No começo desse mês a Prefeitura de Blumenau acionou as Forças de Segurança Pública para realizar uma série de ações com a intenção de retirar os moradores de rua que infestam a cidade como uma praga. O prefeito Egídio Ferrari – em uma cruzada pessoal – afirmou que a medida é uma questão de Saúde Pública.

O município oferece abrigos onde tais pessoas possam se alimentar, banhar, trocar-se e até mesmo conta com equipamentos de apoio no combate aos vícios... sejam em drogas ou álcool.

O vídeo mostrando a primeira ‘blitz’ furou a bolha a atingiu milhões de visualizações, com uma aprovação popular impressionante.

Até o presente momento, a abordagem social feita pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semudes) e pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) em parceria com as polícias Civil e Militar atendeu 354 pessoas em situação de rua. Como alguns foram atendidos mais de uma vez, computam-se 895 atendimentos.

A questão da multidão de indigentes vagando pelas ruas de Blumenau deixou de ser um mero incômodo para se tornar um problema sério de Segurança Pública e Sanitário.

Na semana passada, por exemplo, imagens da câmera de segurança do Fórum de Blumenau (atrás do Parque Ramiro Ruediguer) flagraram um homem tentando estuprar uma mulher. De acordo com a investigação policial, ambos – tanto o agressor quanto a vítima – seriam moradores de rua que frequentar a região.

Em uma cidade que começa a ver seus índices de violência crescendo, o ato de coibir tais populações é imprescindível.

É justo que um comerciante deva limpar os dejetos de um mendigo em frente à sua loja? É certo que uma mulher tenha medo de andar à noite por causa de olhares e comentários de gente que claramente lhe falta com respeito? É aceitável que idosos sejam abordados por maltrapilhos erráticos enquanto guardam compras em seus carros nos pátios de supermercados? Não, não é. Mas há alguns poucos idiotas que defendem o direito à mendicância de gente que arruinou as próprias vidas.

Basta lembrar quando, nos idos de 2023, o vereador Almir Vieira (PP) – então presidente da Câmara – convocou uma audiência pública para debater o problema e, ao invés de civilidade, o que se viu foram militantes inúteis e incapazes de respeitar o necessário Direito ao Contraditório defendendo que mendigos infestem as ruas, mas jamais os levando para suas próprias casas.

Em seu pronunciamento, nessa quinta (27), Almir voltou a abordar o assunto, dizendo lastimar que pessoas vivam nas ruas enquanto afirmam comer melhor lá do que em abrigos... ou que haja um casal que optou por morar debaixo de uma ponte... ou que alguns tinham mais de 50 boletins de ocorrência abertos contra si e vivam livremente pelas sarjetas da cidade.

Ser mendigo não é um estilo de vida: é um problema de ordem pública que deve ser resolvido.

“O mais complicado disso tudo é que a grande maioria de nós é culpada a partir do momento em que fazemos doação, a partir do momento que nós damos comida, a partir do momento que nós damos dinheiro... se isso não acontecer, podem ter certeza de que eles irão procurar outro lugar”, finalizou em seu pronunciamento. E ele está coberto de razão.

Não faz um mês desde que a primeira abordagem do prefeito Egídio tentou debandar os mendigos – e não faz dois dias que a última ação aconteceu – mas um rapaz está novamente dormindo no chão da Rua Sete de Setembro, atrás de um ponto de ônibus e enfrente ao banco Safra às 20h30 de uma quinta-feira, fazendo pessoas temerem passar por lá (vide foto da matéria).

Semana passada nos relataram que um indigente dormia em frente à garagem de uma casa na Rua Itajaí, próxima a umposto de gasolina, e que se negava a levantar mesmo quando o dono do imóvel buzinou para acordá-lo... o que causou fila de carros numa região já castigada por um trânsito ruim.

Lugar de mendigo não é na rua. Lugar de mendigo não é em lugar algum. Mendigos não tem lugar na sociedade. Devem ser tratados, reabilitados e reintegrados. É a única solução.

Essas pessoas não são baratas, ratos ou outras pragas. Então não deveriam viver como se fossem. E qual seria a mais efetiva solução no curto prazo? Pare de ajudar quem irá lhe prejudicar!


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Ricardo Latorre

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