Prefeitura faz blitz com ciclomotores

Wednesday, 09 April 2025
Condutores sem capacete, veículos não emplacados, altas velocidades, condução irresponsável e até crianças ao volante são apenas algum dos problemas.
Todo mundo já viu alguém andando com um ciclomotor pelas ruas da cidade. O meio de transporte que conquista cada vez mais pessoas acabou se tornando um grande problema em diversas cidades do Brasil.
Não é incomum ver pessoas nesses veículos – ou em patinetes elétricos – andando irresponsavelmente e em altas velocidades entre pedestres nas calçadas.
Pensando nisso, a prefeitura já realizou 12 ações educativas abordando mais de 120 condutores que sequer usavam seus próprios equipamentos de proteção individual.
Fato
A ausência de fiscalização resulta na sensação de que não há legislação sobre isso e, portanto, causa a falsa impressão de que se pode fazer tudo que quiser.
Os entusiastas desse meio de transporte colocam a si mesmo em risco quando não usam proteções que assegurem suas próprias integridades físicas, bem como ameaçam o bem-estar dos pedestres quando trafegam pelas calçadas como se também fossem viandantes.
A Lei sobre isso é clara: patinetes e motos elétricas com potência de até 1 KW devem transitar nas ciclofaixas a baixas velocidades, sendo autorizado o fluxo pelas calçadas desde que obedecidos os critérios descritos acima. Já os veículos com potência superior a 1 KW devem seguir as mesmas regras das motos, sendo obrigatório o uso de capacete.
Além disso, motos elétricas com potência superior a 4 kW e velocidade máxima superior a 50 km/h exigem CNH da categoria A
Opinião
Você já viu crianças sobre patinetes e motos elétricas. Eu também já vi. Todo mundo viu. Se a Legislação exige idade mínima para que se conduza uma motocicleta e o Executivo fiscalize com frequência, por que os usuários de veículos elétricos ficaram tanto tempo impunes?
Avaliadas entre R$ 10 mil e R$ 25 mil, essas motos podem chegar a até 120 km/h em alguns casos.
O tráfego de pedestres no Centro da cidade certamente tornou-se muito menos seguros desde que o uso de tais veículos ganhou aderência popular. Assim como as bicicletas tradicionais – que não vêem nenhum tipo de fiscalização permitindo ciclistas andarem onde quiserem mesmo quando há ciclofaixas e ciclovias para eles – os ciclomotores acabaram se transformando em transtorno para pedestres, condutores de veículos tradicionais e até para ciclistas.
É necessário fiscalizar, sim... porém, em um país cuja educação do povo é tão baixa e a vontade de prevalecer sobre os outros é tão alta, a prefeitura deve ir além disso: é necessário começar a multar quem estiver irregular.Seja num carro, num caminhão, numa moto, num ciclomotor ou até numa bicicleta. Infelizmente, sem punição o Brasil não funciona.