Por incompetência da prefeitura Parque das Itoupavas não abre

Wednesday, 09 May 2018
O ex-prefeito, Napoleão Bernardes, se valeu de uma ideia populista e em momento algum pareceu lembrar que 'seu' parque estava sendo construído nas margens de uma rodovia que está em fase de duplicação.
Dizem que relembrar é viver: quando, por meados de 2016, a prefeitura veio com o projeto do Parque das Itoupavas fizemos uma matéria onde o chamávamos de “um monumento à futilidade” e “a chance de provar a total incapacidade do governo tucano”.
O termo ‘monumento à futilidade’ é porque numa época onde fecham-se deliberadamente escolas (como a da Nova Rússia), pessoas reclamam cada vez mais do descaso com a Saúde que os releases da prefeitura fazem parecer exemplar e o número de crimes cresce sem que ninguém tenha a decência que ir, pelo menos implorar, mais policiamento ao governador, prometer um ‘novo Ramiro’ no norte da cidade é exemplo da política do ‘pão e circo’ que chama os eleitores de idiotas.
Sobre a incapacidade do então prefeito e seus subordinados (ou a quem ele era subordinado, nunca dava pra afirmar isso com precisão) em pensar com o mínimo raciocínio lógico, também era previsível: há anos se promete a duplicação da BR-470 e as mentes lamentáveis por traz do Poder Público Municipal pareciam não ter pensado em ‘conversar’ com o Governo Federal.
O resultado foi patético. Não foi engraçado porque custou nosso dinheiro e sacrificou as expectativas de pessoas que realmente queriam ver o parque acontecer.
Prometido para ser entregue em fevereiro e desde então enfrentando as mais dantescas gamas de problemas, o mais novo – e óbvio – é que vários caminhões e máquinas para construir estradas estão tapando a entrada do que era ser o parque por conta da duplicação da 470. Serão construídos viaduto e túnel na altura da Mafisa e isso era algo previsto no cronograma.
Agora a prefeitura não sabe nem como vai ser o acesso ao parque porque não tem acesso aos projetos da rodovia. Sério que o município realmente ‘esqueceu’ da duplicação da BR?
O prefeito Mário Hildebrandt (PSB) – que caiu nessa de pára-quedas – está precisando apagar mais um incêndio causado pela desastrosa incapacidade de seu antecessor (que agora sonha com o Senado). Ele ainda não conversou com o consórcio que está duplicando a via e antes disso tem, pelo menos o bom sendo que o outro não tinha, de não querer uma inauguração desastrosa.
Esse parque cresceu como uma resposta panfletária e desesperada de um governo despreparado em tentar agradar uma população negligenciada que sequer tinha suas ruas roçadas. Apresentou diversos problemas em seu projeto e execução mas, diferente da Ponte do Centro (que o ex-prefeito finge que esqueceu de ter prometido), estava para sair.
Agora o que resta é um parque semipronto que custou mais de R$ 4 milhões sem prazo para poder abrir as portas e que, dependendo do quanto demorem as obras (o túnel da 1° de Janeiro, por exemplo, é complexo) já pode estar sucateado no dia da inauguração.
Espera-se que o atual prefeito tenha mesmo mais competência que o anterior, como tem demonstrado, e consiga – ao menos – contornar essa situação. Afinal, tragicomédia só interessa na ficção.
Mas ver que o ex-prefeito, mesmo ciente de sua incapacidade, ainda almeja ser senador, nos faz achar que vivemos num mundo fictício com roteiros escritos por macacos pagos com coquinhos.