Cuba retirou seus médicos: e agora?

Cuba retirou seus médicos: e agora?
Foto: Divulgação

Sunday, 18 November 2018

Depois da medida autoritária da ditadura castrista, o governo se mobilizará para trazer profissionais realmente qualificados para as áreas mais carentes de atenção.

Sob a alegação de tentar suprir a carência de médicos nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades do país, o governo Dilma criou, em 2013, o programa ‘Mais Médicos’, que trouxe milhares de profissionais cubanos da Saúde para o Brasil.

Desde o começo houve controvérsias. A opinião pública ficou dividida. As entidades médicas – como a Associação Médica Brasileira (AMB) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) questionaram a legalidade de esses profissionais exercerem seu ofício no país sem antes passarem pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) e o então deputado Jair Bolsonaro, hoje presidente eleito, afirmava ter indícios de que muitos desses profissionais eram, na verdade, soldados e espiões de Cuba com o intuito de auxiliar o governo PT.

Depois de uma vitória acachapante nas eleições desse ano, Bolsonaro publicou em seu Twitter que a continuidade do programa de parceria com o governo de Cuba estaria condicionada à aplicação do Revalida, ao direito garantidos a tais profissionais de receber seus salários integralmente (uma vez que de 70% a 80% do que recebiam ia, absurdamente, para os cofres do governo cubano) e à garantia de que eles pudessem trazer suas famílias ao Brasil, uma vez que há uma dura crítica sobre o governo castrista supostamente reter os familiares como ‘reféns’.

A questão do Revalida é fundamental. Qualquer médico formado no Brasil tem que fazer testes provando sua aptidão se quiser clinicar no exterior. Da mesma forma, alunos graduados fora do país – de Harvard a Oxford – são obrigados a fazer o Revalida para trabalhar no Brasil.

Eximir os cubanos disso, além de ilegal, sempre soou (no mínimo) suspeito. Muitos membros de associações de classe médicas suspeitam que filhos de pessoas ligadas a políticos foram estudar Medicina em Cuba por não terem capacidade de passar nos vestibulares brasileiros. Para eles a não aplicação do Revalida é uma forma de inserir tais profissionais desqualificados no mercado.

Outro ponto é o salário. Não se consegue imaginar alguém tão medíocre que ceda 70% do que ganha a outra pessoa, embora haja precedentes no mundo público entre políticos corruptos e agentes absolutamente desqualificados. Contudo, em Cuba a situação é outra. Essas pessoas estão desesperadas. Passam fome. Fariam qualquer coisa para melhorar sua situação. E não adianta dizer que Cuba é uma maravilha porque nos 15 meses que morei lá tudo que vi de maravilhoso foram as praias e os hotéis para que turistas não vissem a miséria.

Imediatamente após o tweet, a ditadura cubana reagiu e disse estar ofendida e classificou como “inaceitável” submeter seus médicos a exames. É curioso que apenas Cuba ache que não precise ser testada. Lembra aquele deplorável movimento pela federalização da Furb onde os professores queriam que a universidade fosse federal, mas eles mesmos não queriam fazes provas nacionais de avaliação. Harvard, Oxford, Cambridge, Johns Hopkins, UCLA, Yale, University College London e Karolinska nunca questionaram o exame de revalidação. E são as melhores do mundo. Mas Cuba questiona. O velho mimimi de sempre. A conhecida postura de preferir privilégios à igualdade. Afinal, eles sabem que muitos de seus profissionais não passariam no exame.

E mostrando que realmente é uma ditadura como todas as outras, o país do assassino Fidel Castro e do homofóbico psicótico Che Guevara mandou retirar os médicos do Brasil. Até porque não se barganha com ditadores. Ainda mais esses de quinta categoria.

A Associação Médica Brasileira disse que o ‘Mais Médicos’ deixou o Brasil à mercê de Cuba e sugeriu que as Forças Armadas empreguem seus profissionais da área como medida emergencial. Elencou, também, como forma de resolver o problema em longo prazo: reforçar o Piso de Atenção Básica (PAB) dos profissionais, o atendimento em áreas indígenas, de difícil acesso e o incentivo à adesão de médicos jovens ao programa.

Outros profissionais da área e professores sugerem que seja criada uma terceira etapa de Residência (após o R2) para alunos de universidades federais na qual eles atendam essas populações, uma vez que o governo investiu dinheiro na capacitação deles.

O fato é que o regime castrista anunciou na quarta (14/11) que exigirá o retorno dos cerca de 8 mil médicos cubanos atuando no Brasil à Cuba. O que é bom se lembrarmos todos os problemas que o programa já causou como, por exemplo, aquele citado pela auditoria do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) que apontou falhas na distribuição de profissionais e prejuízo com pagamentos indevidos.

Cuba está desesperada, afinal com a extinção do programa Havana vai deixar de arrecadar anualmente R$ 1,1 bilhão (valor superior ao obtido com a exportação de charutos) com o dinheiro dos trouxas brasileiros praticamente doado a eles pelo governo Dilma (junto com o Porto de Mariel) e usurpado covardemente dos profissionais que trabalharam aqui.

Ontem, Bolsonaro disse que o presidente Michel Temer já está cuidando da saída dos médicos cubanos do país. Hoje, o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, lançou o edital para repor os profissionais imediatamente. “Iremos fazer essa reposição gradativamente, à medida que os médicos cubanos estiverem deixando os seus postos”, disse.

O Conselho de Segurança dos Estados Unidos chegou a elogiar Bolsonaro por sua posição em relação à Cuba o por violar os direitos humanos de seus cidadãos, citando os médicos enviados ao Brasil como estando em “condições desumanas”.

Kimberly Breier, secretária assistente do Departamento de Estado (o órgão de diplomacia dos Estados Unidos), também elogiou a atitude de Bolsonaro ao não permitir que o asqueroso governo cubano retenha a maior parte dos salários das pessoas que trabalham para eles.

Em resposta à nota cubana (país onde praticamente não há internet, facilitando a manipulação da informação), Bolsonaro respondeu no Twitter: “graças a Deus temos internet para ter informação e desenvolvimento”.

Chega de se aliar com países que nada têm a acrescentar e apenas sugam nossas riquezas e esforços. Chega de cooperar com ditaduras e com objetivos escusos. E para quem não acredita que o programa em questão foi feito com o intuito de ajudar financeiramente Cuba, abaixo consta uma matéria veiculada pela Band mostrando uma gravação durante uma reunião a portas fechadas no desenvolvimento do projeto.


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Redação

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