Paralisação nacional de hoje: vagabundagem e oportunismo

Paralisação nacional de hoje: vagabundagem e oportunismo
Foto: Divulgação

Friday, 28 April 2017

Escondidos sob a alegação de estar 'lutando pelos direitos dos trabalhadores', o que está levando os sindicatos ao desespero é, na verdade, a extinção de suas regalias, como o incoerente imposto sindical.

Se você precisa fazer qualquer coisa que seja hoje, leve em consideração que vai estar havendo uma greve-geral, que é o nome que os sindicatos estão dando para esse pretexto medíocre para emendar a sexta com a segunda, na qual acontece um feriado.

A ação que visa apenas gerar caos e transtorno é promovida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e por frentes de esquerda em protesto contra as reformas trabalhistas e previdenciárias que tramitam na Câmara dos Deputados e estão às vésperas de votação. Há pouco tempo sindicalistas criminosos invadiram e vandalizaram prédios públicos em Brasília.

Mas por quê? Porque eles defendem os direitos dos trabalhadores? E você acredita nisso porque viu na televisão? Pois é, mas o principal motivo é bem menos louvável.

A proposta de Reforma da Previdência prevê o fim da obrigatoriedade do imposto sindical. Para o trabalhador honesto isso significa menos uma cobrança abusiva em seu salário já escasso. Para as empresas significa menos burocracia. Para o país significa a higienização trabalhista tão necessária. Mas para os sindicalistas profissionais, é o fim da mamata.

Sem esse imposto – cobrado obrigatoriamente dos trabalhadores – muitos sindicatos (que são verdadeiros poleiros de emprego para pessoas que dividem das mesmas ideologias políticas) não vão conseguir se manter e assim, tomara, quebrar.

Passeatas, assessores caros, veículos como carros de som, equipamentos eletrônicos nem um pouco baratos, cartazes e até sanduíches de mortadela são pagos com o dinheiro do seu salário. Ou seja: quem trabalha está contra sua própria vontade pagando salário para que outra pessoa possa não trabalhar chamando seu ‘ofício’ de ativismo ao invés de vadiagem.

Como se já não bastasse o seu dinheiro sustentando luxos inadmissíveis de políticos que se c consideram acima de você (mesmo que você os sustente), você também é obrigado a manter a moleza na vida de gente que tem como trabalho o ato de não trabalhar.

E é muito fácil desmascarar isso: pegue algumas greves diferentes – como bancários, professores, agentes de transportadoras de valores e funcionários dos correios – e perceba que muitas pessoas estão presentes em todas elas entre os ditos grevistas. Significa que não são os bancários, professores, transportadores ou carteiros que estão fazendo piquete, mas sim grevistas profissionais pagos para isso e que sequer trabalham na área.

Pense nos sindicalistas mais conhecidos da sua comunidade e procure suas informações de trabalho: a maioria deles não desempenha mais sua função, sendo apenas sustentado pelo sindicato para agir como agitador em situações que nem sempre precisariam chegar ao extremo de uma greve (muitas vezes até desrespeitando ordens judiciais).

Então se você está trabalhando hoje, parabéns: significa que você não é um vagabundo sustentado por querelas do salário alheio. Se não for o seu caso, sugerimos que procure um emprego de verdade antes que sua fonte questionável de renda seque.


>> SOBRE O AUTOR

Ricardo Latorre

>> COMPARTILHE