Brasil tem seu primeiro ataque terrorista desde os anos 60

Brasil tem seu primeiro ataque terrorista desde os anos 60
Foto: Divulgação

Friday, 05 May 2017

O ato aconteceu em São Paulo e a autoria da bomba que explodiu contra manifestantes de direita é atribuída a refugiados palestinos enquanto a imprensa tradicional, como de costume, se cala.

Na última terça-feira (02/05) um grupo de cidadãos alinhados politicamente à direita e contra à indigesta nova Lei de Migração decidiram fazer um protesto pacífico na Avenida Paulista, em São Paulo (SP). Até aí, tudo bem. O local tem se tornado endereço de várias manifestações.

Previamente comunicada e autorizada pelos órgãos responsáveis, a manifestação reuniu algumas dezenas de pessoas no começo da noite e seguiu pacífica até que, ao se aproximarem da Estação Metroviária da Consolação, uma pessoa se aproximou do grupo arremessando uma bomba caseira que chegou a ferir a perna de um dos manifestantes.

Os agressores estariam sendo liderados Hasan Zarif – dono de um bar muito apreciado pela imprensa tradicional paulistana chamado Al Janiah e que abriga militantes da causa palestina, além de refugiados – que chefia um grupo chamado ‘Palestina para Todos’.

Depois da detonação do explosivo (que pode ser vista no vídeo mostrado abaixo deste artigo) os radicais palestinos e os contrários às mudanças nas leis migratórias entraram em conflito até que a Polícia Militar interveio na situação para evitar as brigas e coibir os agressores. Os manifestantes agredidos se uniram em coro para bradar “Viva a PM”.

De acordo com André Petros Angelides, líder dos manifestantes contrários à reforma na migração, o grupo pacífico só entrou em combate contra os radicais de Zarif quando uma mulher foi agredida por um extremista com um soco no queixo. Ele também afirma que teria sido o grupo pró-palestino quem arremessou a bomba, mas no vídeo fica nítido apenas que o terrorista de camisa branca não estava com o grupo de Angelides, podendo, sim, estar com Zarif.

Entre aqueles que avaliam o trágico ocorrido como ataque terrorista está o descendente da família real brasileira e líder do movimento Direita Brasil, Luiz Philippe de Orléans e Bragança.

Para os manifestantes, as reformas propostas pelo atual ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes, são um reflexo de sua história subversiva: “Todo mundo conhece o passado dele, de terrorista, de motorista do Carlos Marighela. Agora ele não deixa de ser um terrorista de terno, com o poder da caneta na mão", cita.

No entanto, o grave episódio evidencia duas coisas: o início do terrorismo no país e o anti-semitismo.

Qualquer pessoa com o mínimo de esclarecimento entende que os atentados a bomba não começam com aviões sendo jogados contra prédios ou com suicidas vestindo coletes de explosivos em shopping centers. Não. Antes de serem assombrados por dementes radicais em caminhões ou bem armados, França, Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra e outros também tiveram seus pequenos focos de conflito que culminou com a detonação de algum explosivo caseiro.

O início sempre é menor. Às vezes quase discreto. É a forma como os governos decidem lidar com eles que mostra o nível de ameaça que podem se tornar. E considerando o quão governos tão melhores que o nosso fracassaram miseravelmente, a perspectiva é desanimadora.

Para piorar a situação, Hugo Albuquerque, advogado de Zarif, atribui o arremesso da bomba aos manifestantes, tentando tirar a impressão da culpa de seu cliente (que foi preso e encaminhado à 78ª Delegacia de Polícia para posterior liberação).

Nitidamente, como se vê no vídeo, o terrorista não estava com o grupo que protestava. Então o advogado está mentindo e, pior, tentando transformar um possível agressor em vítima.

Outro ponto preocupante dessa situação é o anti-semitismo.

Hasan Zarif havia liderado no começo de abril um movimento contra o atual presidente Michel Temer (PMDB) na porta da Federação das Indústrias da Cidade de São Paulo (FIESP), onde em entrevista à Folha de S. Paulo acusava Temer (com descendência libanesa) de ter ‘laços sionistas’ por ter escolhido Ilan Goldfajn, que é judeu, para comandar o Banco Central.

Qualquer semelhança com a Alemanha Nazista, aparentemente, não é mera coincidência.

É fundamental entender que não há diferença entre anti-semitismo e anti-sionismo (como extrema-esquerda e radicais islâmicos insistem). Para o grande estudioso Claudio Lottenberg, na época presidente da Confederação Israelita do Brasil: “o antigo anti-semitismo saiu de moda após o mundo ter descoberto o Holocausto. Foi substituído por uma nova forma de discriminação: o anti-sionismo. A máscara é nova, mas a alma horrenda é velha conhecida. Uma verdadeira aberração”.

Como se já não tivéssemos violência urbana o bastante, agora o país quer abraçar indiscriminadamente potenciais terroristas (como já fez no passado) e a imprensa tradicional, omissa, cínica e dissimulada, continua evitando chamar um ataque a bomba previamente planejado com o único nome que pode ter: terrorismo.

Comprem seus bunkers e lembre-se de seus pais: televisão demais faz mal.


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Ricardo Latorre

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