O carnaval nem começou e a Agência Intermunicipal de Regulação do Médio Vale do Itajaí (Agir) já está bêbada. Ou, pelo menos, parece estar completamente fora da realidade.

Na manhã desta quinta (11/02) a prefeitura recebeu uma sugestão, por parte da Agir, para que aumente o valor da passagem do transporte coletivo urbano. No parecer recebido era dito que o aumento de preço seria necessário por conta de desequilíbrio econômico e financeiro e ignorou completamente a crise também econômica que aflige os passageiros.

Com uma queda considerável de passageiros, a Revisão Tributária Ordinária (RTO) – nesse caso, bem ordinária, mesmo – foi a primeira a considerar apenas os aspectos da pandemia que derrubaram o número de usuários. O que soa como uma afronta durante essa crise.

“O Município foi notificado deste parecer e está dentro do prazo para realizar sua análise e manifestação quanto à concordância ou não com a tarifa sugerida e todos os demais elementos, incluindo as recomendações feitas pela agência no sentido do equilíbrio econômico financeiro do contrato”, diz texto oficial da prefeitura.

O prefeito, no entanto, já deixou claro que não concorda com o aumento na tarifa dos ônibus, julgando o novo valor impraticável e pouco condizente que o atual cenário.

Sabe o que resolveria o problema? Uber compartilhado. Ou o Buser. Entidades como a Agir, que vivem em seu mundinho próprio com decisões que, por vezes, tripudiam da realidade das pessoas, só podem (e devem) ser contidas com a iniciativa privada sem participação estatal. A empresa de ônibus quer aumentar o preço? Aumente. Outra surge com preço baixo e a desbanca. É a lei de mercado. Enquanto isso, ainda esperamos pelo Buser.