Protesto pára trânsito na Escola Agrícola

Protesto pára trânsito na Escola Agrícola
Foto: Ricardo Latorre

Tuesday, 30 May 2017

A manifestação foi organizada por pessoas da comunidade indignadas com o descaso público com uma cratera que tomou quase metade da rua onde fica a Urb.

Motoristas que saíram de suas casas por volta das 17h desta segunda-feira (30/05) passando de carro pela Escola Agrícola se depararam com um trânsito insustentável para o horário.

De acordo com informações do Seterb a fila passou de 1 quilômetro afetando toda a Rua Benjamin Constant, além de partes da Rua Bahia, e chegou ao seu auge entre as 17h30’ e as 18h, motivada por um protesto que iniciou-se em frente ao Cedup.

Moradores da Rua  Norberto Seara Heusi estão desde junho do ano passado reivindicando, sem sucesso, que o Poder Público arrume uma cratera que foi aberta por um deslizamento no local... ironicamente em frente à Urb. De lá para cá muitos pedidos foram feitos, mas nenhuma ação real foi tomada e a cratera que já engoliu uma faixa da via continua lá.

O trânsito por conta da manifestação incomodou muitas pessoas? Certamente. Mas perder alguns minutos sem mobilidade viária é um preço muito baixo a se pagar por segurança.

A Equipe do BLUMENEWS esteve no local e pôde constatar que parte do asfalto que cerca o buraco que já tomou metade da rua está cedendo mais um pouco (talvez por conta das chuvas recentes). Isso significa que ainda pode haver risco de novos deslizamentos, como o primeiro que vitimou passageiros de um carro e avariou uma casa.

Há vários relatos entre moradores de pessoas que se machucaram ali. Com pouca sinalização é óbvio que alguém pode acabar se ferindo seriamente no local. E quando acontecer os responsáveis dirão “foi uma fatalidade”. Não foi. Foi uma tragédia anunciada. Anunciada por um ano.

Houve quem reclamasse e dissesse que havia pouca gente. “Da janela da minha casa eu vi que não tinha ninguém”, disse alguém atestando sua própria inutilidade já que, vizinha que é, deveria estar lutando pela sua própria segurança ao invés de reclamar que não tinha ninguém.

Por outro lado, se com pouca adesão – algo que já era esperado pela comunidade – o transtorno teve as proporções que teve para o trânsito, as notícias são preocupantes: deverá haver outra manifestação, desta vez com várias pessoas da região, para ‘comemorar’ o aniversário de um ano do buraco, completado agora em junho.

Até lá, cuidando quando passar por perto da Urb... o buraco poderá te engolir.


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Ricardo Latorre

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