Dólar fecha em alta, no maior valor desde julho

Dólar fecha em alta, no maior valor desde julho
Foto: Imagem meramente ilustrativa

Tuesday, 03 January 2023

Moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 1,75%, vendida a R$ 5,4520.

O dólar fechou em alta nesta terça-feira (3), pelo terceiro dia seguido, com investidores atentos a falas do novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em meio a preocupações sobre a saúde das contas públicas.

A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 1,75%, vendida a R$ 5,4520 – na maior cotação de fechamento desde 22 de julho, quando ficou em R$ 5,4977.

Com o resultado, a moeda já acumula alta de 3,3% no ano.

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em forte queda de 2,08%, indo a 104.166 pontos.

O que está mexendo com os mercados?

Os investidores estiveram de olho nas sinalizações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No dia anterior, Haddad afirmou que buscará uma "harmonização" entre a política fiscal (contas públicas) e monetária (definição de juros pelo Banco Central).

"Não existe mágica nem malabarismos financeiros. O que existe para garantir um Estado fortalecido é a previsibilidade econômica, confiança dos investidores e transparência com as contas públicas", disse.

Haddad também afirmou que o Ministério da Economia enviará, no primeiro semestre, proposta de uma nova âncora fiscal para as contas públicas, substituindo o teto de gastos.

Entre as medidas já anunciadas pelo governo está a prorrogação da desoneração dos impostos federais que incidem sobre os combustíveis.

Foram mantidas em zero as alíquotas de PIS/Pasep e Cofins que incidem sobre diesel, biodiesel, gás natural e gás de cozinha (até 31 de dezembro) e gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural veicular (até 28 de fevereiro).

Outras medidas anunciadas foram a prorrogação do valor de R$ 600 do Bolsa Família e a revogação da privatização de estatais.

Entre as declarações e ações do novo governo que repercutiram de forma negativa nos últimos dias está a menção de Lula ao teto de gastos em seu discurso de posse — o presidente chamou o mecanismo de "estupidez" e disse que ele seria revogado.

Já o anúncio da prorrogação da isenção de impostos federais sobre os combustíveis e a determinação do novo presidente de revogar os processos de privatização de oito estatais, entre elas os Correios, também foram mal recebidos pelo mercado.


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Redação

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