O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, operou sem direção definida ao longo desta segunda-feira (30), mas fechou a sessão em leve queda, com investidores de olho nas decisões sobre taxa de juros no Brasil e nos EUA.

O Ibovespa caiu 0,04%, a 112.273 pontos.

Na sexta-feira, o Ibovespa caiu 1,63%, a 112.316 pontos. Com o resultado de hoje, acumula alta de 2,31% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

No cenário externo, investidores estão cautelosos prevendo uma série de aumentos das taxas de juros por parte de bancos centrais importantes nesta semana.

As apostas do mercado monetário mostram que o Federal Reserve (BC dos EUA) deve aumentar na quarta-feira sua taxa de juros para entre 4,50% e 4,75%, enquanto o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra devem elevar os juros para 2,50% e 4,0%, respectivamente, na quinta-feira.

Na China, os investidores apostam no impacto positivo da eliminação das rígidas regras de controle contra a Covid-19. Os fortes gastos dos consumidores e uma recuperação nas viagens durante o feriado do Ano Novo Lunar do país impulsionaram o sentimento dos investidores.

No cenário local, os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação deste ano de 5,48% para 5,74%, 7ª alta consecutiva. Para o crescimento do PIB de 2023, o mercado financeiro subiu sua previsão de 0,79% para 0,80%. A projeção para o dólar recuou de R$ 5,28 para R$ 5,25.

O Comitê de Política Monetária (Copom) define na quarta-feira como ficará a taxa básica de juros da economia, a Selic, atualmente em 13,75%.

As atenções estão voltadas para os próximos passos do novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Na sexta-feira, o executivo afirmou que vê a estatal como a grande impulsionadora da transição energética no Brasil, reforçando que também trabalhará para que a companhia siga sua jornada na indústria de petróleo e gás.

Além disso, a Americanas ainda segue em foco. Na semana passada, a B3 informou a saída das ações da empresa de seus índices depois do anúncio da recuperação judicial, com dívidas de R$ 43 bilhões. Apesar da exclusão dos índices acionários da B3, as ações da companhia continuam sendo negociadas, e acumulam queda de 87,56% no ano.