O mercado financeiro aumentou a projeção para a inflação de 2023, de 5,98% para 6,01%. Analistas do mercado mantiveram a expectativa de crescimento da economia brasileira em 0,90% neste ano. O percentual está estagnado há 3 semanas.

As perspectivas do mercado foram divulgadas nesta 2ª feira (17.abr.2023) pelo BC (Banco Central) através do Boletim Focus. Eis a íntegra do relatório (805 KB).

O relatório é publicado às 2ªs feiras e resume desde 2000 as estimativas estatísticas de analistas consultados pelo BC.

Em 2020, o CMN (Conselho Monetário Nacional) fixou a meta de inflação de 2023 em 3,25%, mantendo uma margem de 1,5 ponto percentual de tolerância para cima ou para baixo. O nível é considerado baixo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A inflação do Brasil ficou acima do limite da meta por 2 anos seguidos, em 2021 e 2022. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, teve que dar explicações públicas para o descumprimento do objetivo inflacionário. Leia aqui (2021) e aqui (2022). A autoridade monetária disse que a probabilidade de descumprir a meta de inflação em 2023 é de 83%.

Para 2024, os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa em 4,18%. O patamar está acima do centro da meta do próximo ano, de 3%, mas abaixo do teto, de 4,5%.

As estimativas para este ano da taxa básica tiveram redução, com a Selic cotada em 12,50% ao ano. Para 2024, o patamar continua em 10%.

Os entrevistados também mudaram as projeções de 2023 para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2023. A expectativa de alta recuou para 0,90% nesta semana. Já o dólar está em R$ 5,24.