Argentina anuncia medidas para tentar frear a inflação

Argentina anuncia medidas para tentar frear a inflação
Foto: Divulgação

Monday, 28 August 2023

Dentre as medidas incluem abonos fiscais e o pagamento de bônus extraordinários a trabalhadores e aposentados. O anúncio foi realizado no último domingo (27).

O governo argentino anunciou no último domingo (27) algumas medidas para tentar fortalecer o consumo, limitar o impacto da desvalorização do peso (moeda local) e enfrentar a inflação - que supera 100% ao ano.

Dentre as medidas incluem abonos fiscais e o pagamento de bônus extraordinários a trabalhadores e aposentados.

Medidas

Massa anunciou linhas de crédito a taxas subsidiadas para trabalhadores, e bônus para aqueles que recebem ajuda alimentar e aposentados. Os profissionais receberão 400 bilhões de pesos em empréstimos, enquanto os trabalhadores autônomos receberão seis meses de redução de impostos.

Já aos quase 7,5 milhões de aposentados, o governo dará um pacote de 37 mil pesos (cerca de US$ 515 pela taxa de câmbio oficial atual) nos próximos três meses

O governo também divulgou a eliminação de impostos sobre a exportação de produtos agrícolas com valor industrial agregado, como vinho, arroz e tabaco, e a entrega de fertilizantes. É estimado um prejuízo global de US$ 20 bilhões em 2023 - ou quase 3% do PIB - devido à seca regional.

O ministro também prevê criar de um fundo de US$ 770 milhões para financiar exportações. O valor será via aportes financeiros do Banco Nación e do Banco de Inversión y Comercio Exterior (Bice).

As medidas foram lançadas em meio à campanha eleitoral, após os resultados das primárias, em que o ultraliberal Javier Milei foi o mais votado (30%), seguido pela oposição de direita Juntos pela Mudança (28,3%) e pelo governista União pela Pátria (27,3%), que consagrou Massa como candidato à Presidência.

Queda na moeda

A medida ocorre duas semanas depois de o governo ter desvalorizado o peso em quase 20%, acelerando a inflação anual que já oscilava em torno de 115%, à medida que os argentinos viam o seu poder de compra diminuir ainda mais.


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Redação

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