Comércio teve três queda seguidas em janeiro

Comércio teve três queda seguidas em janeiro
Foto: Reprodução

Friday, 14 March 2025

A perda de fôlego do comércio se soma a outros indicadores de desaceleração da economia.

O volume de vendas do comércio varejista do Brasil teve queda de 0,1% em janeiro frente ao mês anterior, mostrou nesta sexta-feira, 14, o IBGE. Foi a terceira retração mensal consecutiva, confirmando a leitura de desaceleração da economia em meio a um cenário de inflação e juros em alta.

Na comparação com janeiro do ano passado, entretanto, as vendas do varejo cresceram 3,1%, a vigésima taxa positiva nessa comparação.

No acumulado em 12 meses, o setor ainda acumulou avanço de 4,7%, se mantendo 0,6% abaixo do seu patamar recorde, que foi atingido em outubro de 2024.

O recuo em janeiro foi menor do que o esperado. A expectativa em pesquisa da Reuters era de baixa de 0,20% na comparação mensal e de avanço de 1,90% sobre um ano antes. Em novembro e dezembro, as variações nas vendas foram de -0,2% e -0,3%, respectivamente.

A perda de fôlego do comércio se soma a outros indicadores de desaceleração da economia. O IBGE já tinha mostrado que a indústria ficou estagnada em janeiro. Já o setor de serviços caiu 0,2% em janeiro.

Queda nas vendas de mercados e farmácias

Dois setores de grande peso no indicador tiveram queda nas vendas na passagem de dezembro para janeiro: Hiper e supermercados, produtos alimentícias, bebidas e fumo (-0,4%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria (-3,4%), este último registrando sua quarta queda consecutiva. Também houve recuo em Tecidos, vestuário e calçados (-0,1%) e Móveis e eletrodomésticos (-0,2%).

As outras quatro tiveram altas: Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (5,3%), Combustíveis e lubrificantes (1,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (0,6%).

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas cresceu 2,3% em janeiro ante dezembro. As duas atividades adicionais que compõem o indicar tiveram expansão: Veículos, motos, partes e peças (4,8%) e Material de Construção (3%).

O varejo brasileiro registrou ganhos em 2024 mas mostrou perda de força a partir do final do ano, em conjunto com a economia como um todo, em meio ao aumento da taxa básica de juros, o que afeta o crédito. O Banco Central já subiu a Selic a 13,25% ao ano e indicou novo aumento de 1 ponto percentual neste mês.


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Redação

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