Presidente da Petrobras tenta vendar ativos para resgatar estatal

Presidente da Petrobras tenta vendar ativos para resgatar estatal
Foto: Reprodução

Thursday, 02 February 2017

Para Pedro Parente a crise é mais grave do que parecia e por conta do cenário político internacional a recuperação poderá ser muito mais lenta.

Nesta quarta-feira (01/02) o presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou que a recuperação da economia por parte das empresas deve ser ainda mais lenta do que o esperado e culpou as incertezas causadas pela eleição do republicano Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, durante sua participação no Latin America Investment Conference, promovido pelo Credit Suisse, em São Paulo.

De acordo com a avaliação de Parente, os riscos geopolíticos – especialmente por conta da instabilidade no Oriente Médio e a desaceleração econômica tanto na União Europeia quanto na China, apontam riscos às empresas. No caso específico dos chineses, que fecharam 2016 com 6%, não dá para falar em estagnação, mas a diminuição do avanço preocupo o cenário global.

Para tentar sair da crise financeira (porque da moral será difícil) que lhe abate, a Petrobras está partindo para a estratégia do desinvestimento, ou seja, a venda total ou parcial de bens ou insumos para tentar resgatar investimentos perdidos.

No entanto, em dezembro, o Tribunal de Contas da União (TCU) detectou irregularidades nos procedimentos da estatal e suspendeu o desinvestimento. Parente e o TCU estão tentando chegar a um consenso para que a Petrobras possa vender seus ativos e empresas.

Como se não bastasse todos os problemas, a ex-gigante tupiniquim do ramo petrolífero está sendo alvo de uma class action – um processo coletivo internacional – por conta do escândalo de corrupção no qual se envolveu até o pescoço.


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Ricardo Latorre

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