Correio e Mercado Livre brigam por taxas abusivas

Correio e Mercado Livre brigam por taxas abusivas
Foto: Reprodução

Wednesday, 07 March 2018

Mediante a incompetência estatual da manutenção de Segurança os Correios decidiram cobrar uma 'taxa de segurança' mas o Mercado Livre questionou na Justiça.

O Mercado Livre obteve na Justiça um recurso contra o aumento nos preços de frete anunciado pelos Correios na semana passada e que entraria em vigor nesta terça-feira (06/03).

No dia 2 de março, a empresa de comércio eletrônico entrou com o pedido de proteção relativo aos ajustes, que aumentam, em média, em 8% as tarifas de entregas. O Mercado Livre criou campanhas e materiais de divulgação contra a medida, que considera abusiva.

Segundo a assessoria de imprensa, o marketplace fica livre dos aumentos anunciados e da taxa extra de R$3 para entregas no Rio de Janeiro. Cabe apelo dos Correios.

"Com essa importante decisão, os usuários do Mercado Livre não serão impactados pelos aumentos impostos pelos Correios, confirmando a visão da companhia de como uma medida unilateral dos Correios pode impactar seriamente a inclusão geográfica, digital e econômica, especialmente para aqueles clientes das regiões mais remotas do país", escreveu a empresa, em nota.

A alegação da violência

Os Correios anunciaram nesta terça-feira (27) que vão cobrar uma taxa de "cobrança emergencial" de R$ 3 para a entrega de encomendas na cidade do Rio de Janeiro. Segundo a estatal, a cobrança é necessária devido à situação de de violência na capital fluminense. O Estado está sob intervenção federal, com operações das Forças Armadas.

"A situação de violência chegou a níveis extremos e o custo para entrega de mercadorias nessa localidade sofreu altíssimo impacto, dadas as medidas necessárias para manutenção da integridade dos empregados, das encomendas e até da unidades dos Correios", afirmou a empresa em nota.

Ainda de acordo com os Correios, a cobrança dessa taxa adicional poderá ser suspensa a qualquer momento, "desde que a situação seja controlada". A estatal também alega que esse tipo de cobrança já é praticado por outras empresas de transportes brasileiras desde março de 2017.

De acordo com o jornal "Folha de S. Paulo", os Correios já suspenderam a entrega normal de produtos em quase metade do Rio de Janeiro –dos 27.616 endereços da cidade, existe algum tipo de restrição para entrega em 43,6% deles.

Estudo da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) apontou ainda que, em 2017, foram registradas 10.599 ocorrências de roubo de cargas –ou seja, uma a cada 50 minutos. Os números correspondem a uma alta de 7,3% em relação a 2016.

Segundo a entidade, transportadoras têm adotado o uso de caminhões blindados para transportar carne, por exemplo, além de escoltas armadas.


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Redação

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