Oi é a pior empresa de telefonia do país

Oi é a pior empresa de telefonia do país
Foto: Imagem meramente ilustrativa

Friday, 11 May 2018

Com péssima área de cobertura de sinal, serviços de internet deploráveis e um dos piores atendimentos ao público já vistos, a empresa consegue piorar nos rankings ano após ano.

A operadora de telefonia Oi ficou com as piores notas dos consumidores de telefonia do País, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira, 13, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A pesquisa, que está em sua terceira edição, englobou as principais operadoras brasileiras de banda larga fixa, telefonia fixa, telefonia móvel e TV por assinatura. No total, foram entrevistados 140 mil consumidores em todos os Estados brasileiros.

As empresas avaliadas foram Algar Telecom, BrisaNet, Cabo Telecom, Claro, Net, Nextel, Nossa TV, Oi, Porto Seguro, Sercomtel, Sky, Tim e Vivo. Foram mais de 40 questionamentos apresentados aos usuários, que votaram em serviços com notas que variavam de pior para melhor, em índices de zero a dez. A coleta de dados ocorreu entre 26 de julho e 3 de dezembro de 2017.

No índice de satisfação geral com os serviços, a Oi obteve a pior nota nas modalidades de serviço celular pós-pago (6,20), pré-pago (6,66) e banda larga fixa (5,67). Na categoria de TV por assinatura, a pior avaliação de satisfação geral ficou com a Net (6,61).

Entre as grandes prestadoras de serviço celular pós-pago, o melhor índice ficou com a Vivo (7,26), mas a melhor avaliação desse tipo de serviço ficou com a operadora Porto Seguro. Nos serviços pré-pago de telefonia celular, o melhor desempenho entre as principais operadoras foi dado para a Vivo (6,88), mas a que se destacou foi a Sercomtel (7,71).

Em relação aos serviços de banda larga fixa, a TIM obteve nota (7,54), só atrás da Cabo Telecom (7,64). Quanto à TV por assinatura, a Claro obteve nota 7,24, atrás apenas da Nossa TV (8,96).

A análise da satisfação geral pelos serviços mostra que, em 2017, houve uma piora na percepção dos serviços prestados no País em relação às pesquisas feitas em 2016 e 2015. Em serviços de TV por assinatura, o índice geral neste ano ficou em 6,93, ante 7,00 verificado em 2016 e 7,14 de 2015. No mesmo intervalo, respectivamente, a percepção da telefonia fixa ficou em 6,92, ante 6,93 e 6,97 dos anos anteriores. A banda larga fixa também caiu para 6,23, ante 6,26 e 6,58.

Houve percepção geral de melhora no índice das telefonias móvel pré e pós-paga. O celular pós-pago ficou com nota de 6,99 em 2017, contra 6,86 do ano anterior e 6,72 de 2015. No mesmo período, o pré-pago ficou com 6,83, ante 6,78 e 6,62 dos anos anteriores.

Piora

Anatel apresentou os primeiros dados da primeira leva de medições de qualidade da banda larga no Brasil. Os testes foram controlados pela Entidade Aferidora de Qualidade com base nos diversos usuários voluntários que receberam um roteador capaz de realizar medições diárias sobre como as redes das operadoras estão se comportando. Os dados liberados foram dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

São realizados dois tipos de testes: o da Velocidade Instantânea, em que a operadora deve garantir o mínimo de 20% da velocidade contratada em pelo menos 95% das medições, bem como o teste da Velocidade Média, em que a operadora é obrigada a entregar pelo menos 60% da velocidade durante todo o mês. A velocidade mínima irá aumentar com o tempo: de acordo com o cronograma da Anatel, as operadoras deverão fornecer 80% da velocidade mínima em novembro de 2014.

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No estado de São Paulo, a Vivo foi a operadora com os piores índices de Velocidade Instantânea, embora a diferença entre as outras operadoras seja praticamente irrisória. Quem se deu bem nesses testes foi a NET, que não ficou com índices abaixo de 99% em nenhuma medição em todos os estados.

Nos resultados gerais, quem se saiu pior foi a Oi: nos dois estados onde a operadora atua com banda larga fixa, a Oi foi a pior colocada, com destaque para o teste da Garantia de Velocidade Média Contratada no Rio de Janeiro, com apenas 77,29% das medições dentro do padrão estabelecido pela Anatel. Nos demais estados a operadora também se manteve em posição inferior às concorrentes. Nos testes de garantia de velocidade mínima, a Oi cumpriu a meta estabelecida da Anatel, que exige 20% da velocidade contratada em 95% das medições.

A GVT se portou com resultados intermediários durante os testes: só liderou os testes da Garantia de Velocidade Instantânea no estado de São Paulo, mas também com pouquíssima diferença para a NET. Por outro lado, foi também a operadora que conseguiu os piores resultados nos testes de Garantia de Velocidade Média Contratada para o mesmo estado. Em Minas Gerais e Rio de Janeiro a operadora ficou em 2º lugar nos testes.

Esses testes deixam claro que a banda larga no Brasil ainda precisa melhorar bastante. Veja bem, os testes de velocidade instantânea medem apenas se as operadoras conseguem cumprir 20% da velocidade contratada e ainda assim as operadoras não conseguiram cumprir a obrigação. Novos resultados serão divulgados pela Anatel ao longo do tempo, com medições de outros estados.


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Redação

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