Com boa parte do país sofrendo as consequências da greve dos caminhoneiros, o home office tem sido a solução de muitas empresas para evitar a paralisação do trabalho. O modelo de negócio, que já faz parte da rotina de 55% dos brasileiros, de acordo com pesquisa do coworking Spaces, ganha ainda mais adeptos.

De acordo com o consultor empresarial Roberto Vilela, o momento também exige preparação dos gestores. “Em diversas situações há um esforço de toda a equipe para manter o trabalho, especialmente na área de serviços. E o gestor também tem um desafio, que é garantir uma boa gestão dos profissionais e projetos, mesmo com pessoas alocadas em diferentes locais”, diz.

Para o profissional, que atua com empresas de médio porte há mais de duas décadas, uma das questões que precisam ser revistas é a forma como o trabalho é distribuído. “A quantidade de horas em que passa se dedicando a empresa não será o principal fator para medir qualificação ou produtividade, mas sim como ele aproveita cada uma delas. É preciso estabelecer uma comunicação efetiva e contar com a tecnologia a favor dos negócios, seja com ferramentas de CRM ou as próprias redes sociais para efetivar o relacionamento entre o time”, avalia.

Outra dica do consultor, que é também diretor da Mega Empresarial, é que haja um acordo bem detalhado sobre a atuação e que ele esteja claro para todos. “Tenha em mente que no home office o mais importante é ter a certeza de que os resultados estão surgindo. Por isso crie novas métricas de mensuração e passe a acompanha-las diariamente até a situação se normalizar”, comenta.

Por fim, Roberto diz que é importante atuar com a gestão do conhecimento, disseminando as práticas do negócio e o compartilhamento de contatos e de ações. “Assim, todos estarão por dentro do que está ocorrendo e conseguirão atuar de forma harmoniosa. Isso se consegue também através de chamadas em grupo, clareza nas metas e no que se espera de cada profissional e foco na qualidade do trabalho”, conclui.