Economia, em Santa Catarina, começa a se recuperar

Economia, em Santa Catarina, começa a se recuperar
Foto: Reprodução

Monday, 20 February 2017

A crise desacelerou em todo o país, mas no nosso estado o mercado começa a se reaquecer aos poucos.

De acordo com o Banco Mundial, a crise econômica brasileira pode gerar uma projeção ainda mais calamitosa do que se esperava: até 3,6 milhões de cidadãos devem voltar a um patamar abaixo da linha de pobreza até o fim de 2017.

Contudo, a crise não é o único motivo.

Alguns atribuem a possibilidade dessa decadência socioeconômica à descontinuação (ou fiscalização mais criteriosa) de programas públicos assistencialistas. Outros, no entanto, acreditam que embora os números possam mudar, a realidade deve se manter, pois afirmam que o governo petista abaixou os valores para considerar alguém em estado de miséria para passar a falsa sensação estatística de que essas pessoas estavam progredindo.

O mercado projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça apenas 0,5% esse ano. A professora Esther Dweck, ex- secretária de Orçamento Federal entre 2015 e 2016, avalia que o risco de o Brasil viver uma situação similar à vivida pela Grécia é real. "Não estou nem um pouco otimista. Se o país crescer 0,5% este ano, o desemprego aumenta. Precisa crescer 2%, 3% para ter uma queda de desemprego razoável. A Grécia foi proibida de fazer política anticíclica pela Troika (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional). No nosso caso, estamos abrindo mão pelas políticas de destruição do nosso sistema de bem-estar social e da indução do desenvolvimento".

Curiosamente a crise econômica grega eclodiu logo após o país – berço da civilização como conhecemos e da Democracia – ter sediado os Jogos Olímpicos, assim como nós. Apenas curiosidade...

Programas assistencialistas e doutrinatórios, como o Bolsa Família, começam a sofrer as primeiras alterações no novo governo, que usa de lógica para considerar que se a pessoa já saiu da linha da pobreza, então não necessita mais do auxílio que agia como bengala dando benefícios ao invés de oportunidades para que as próprias pessoas conquistassem suas vitórias.

Medidas recentes – como a possibilidade do saque do INSS – devem ajudar as pessoas a amenizar um pouco a sensação de necessidade, seja pagando contas, seja fazendo compras. E isso, guardadas as proporções, deve auxiliar a economia a girar no país novamente.

Graças a medidas como essa os primeiros vetores demonstrativos de uma leve amenização da crise começam a surgir. O dólar fechou a sexta-feira a R$ 3,01 (o menor valor desde 2015) e o CDC (‘Credit Default Swap’, uma espécie de seguro internacional contra possíveis calotes de países) bateu a marca de 220,1 pontos (voltando ao nível dos países com selo de ‘bom pagador’).

No entanto, a desaceleração da crise financeira não significa que o mercado retomou o crescimento. Muitos fatores – incluindo externos (como a eleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump) – corroboraram para os números que vemos hoje.

Santa Catarina tem crescido graças ao agronegócio e à exportação, que dobraram em relação a janeiro do ano passado, mostrando que no nosso caso há, sim, uma recuperação econômica.

Outro setor prolífico no estado é o de tecnologia: invenções de todos os tipos que surgem nas mais diversas startups estão transformando idéias criativas em mercados milionários que começam, aos poucos, a exportar, gerar empregos e receita ao estado.

Aos olhos de alguns especialistas, a Economia está tendo uma reação em 2017 melhor do que a esperada.


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Ricardo Latorre

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