Estoque da dívida pública chega a R$ 3,71 trilhões
Foto: ReproduçãoMonday, 09 July 2018
Emissões totalizaram R$ 35,34 bilhões e resgates, R$ 15,49 bilhões
O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) cresceu 1,59 % em maio comparado ao mês de abril deste ano, passando de R$ 3,65 trilhões para R$ 3,71 trilhões. Além disso, em maio as emissões da DPF corresponderam a R$ 35,34 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 15,49 bilhões, resultando em uma emissão liquida de R$ 19,85 bilhões.
Já as emissões de títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) alcançaram R$ 35,14 bilhões. Deste total, R$ 32, 66 bilhões foram emitidos em leilões tradicionais, R$ 0,72 bilhões nos leilões de troca, R$ 1,25 bilhões com venda de títulos do Tesouro Direto e R$ 0,51 bilhões em emissões diretas. O total de resgates de títulos da DPMFi foi de R$ 15,03 bilhões, com destaque para títulos atrelados a índices de preço, como o NTN-B, que são remunerados pelo IPCA.
A DPMFi teve seu estoque ampliado em 1,59%, passando de R$ 3,52 bilhões em abril para R$ 3,57 bilhões devido à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 29,48 bilhões e pela emissão líquida no valor de R$ 20,10 bilhões. Enquanto a Dívida Pública Federal externa (DPFe) teve um crescimento de 6,62 % com relação ao estoque apurado em abril, alcançando R$ 142,97 bilhões no fim de maio.
Detentores da dívida
Entre os principais detentores da DPMFi, a parcela dos fundos de Previdência permanece majoritária, cuja participação atingiu 24,97% em maio. No mesmo período, a parcela das instituições financeiras também aumentou seu estoque, chegando a uma participação relativa na dívida de 22,38%. Já os fundos de investimentos ampliaram marginalmente o estoque, mas a participação relativa caiu de 27,29% para 26,93%.
Os não-residentes também registraram queda da participação relativa de 12,28% em abril, para 11,96% até o fim de maio. O grupo Governo foi outro a reduzir, discretamente, sua participação relativa na DPMFi, de 4,35% em abril, para 4,31% em maio.
Vencimentos e prazos
O percentual de títulos da DPF com vencimento nos próximos 12 meses apresentou aumento de 18,26% no mês de abril para 20,28% em maio. O prazo médio da DPF teve redução de 4,28 anos para 4,21 na comparação entre abril e maio. Já a vida média, metodologia que avalia a média ponderada do tempo restante até o vencimento de cada um dos títulos que compõem a DPF, considerando apenas o principal, caiu de 5,92 anos em abril para 5,84 anos em maio. O custo médio da DPF nos últimos doze meses passou de 9,89% a.a. em abril para 10,04% a.a. em maio.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto – o programa de venda de títulos da dívida pública brasileira para pessoas físicas atingiu - recebeu mais 82 mil novos investidores cadastrados entre abril e maio, chegando a 2,2 milhões de investidores, o que representa um aumento de 54,35% em relação ao mesmo mês do ano passado. Desse total atual 71,2% são homens e 28,7% são mulheres. Do total de operações do programa, 83% delas são de até R$ 5 mil. Além disso, a maior demanda do programa são de títulos vinculados à taxa Selic, o que representa 41,75% do total.
Em maio as emissões do programa atingiram R$ 1,24 bilhões, enquanto os resgates foram de R$ 1,35 bilhões, o que resultou em resgate líquido de R$ 107,38 milhões. Neste período, o título mais demandado pelos investidores foi o Tesouro Selic, correspondendo a 42,29% do montante vendido. O estoque do Tesouro Direto alcançou R$ 48,13 bilhões, um aumento 0,60 % em relação ao mês de abril. O título com maior representação no estoque é o Tesouro IPCA, 48,13 % do total.
Leilões
O coordenador-geral da Dívida Pública, Luis Felipe Vital, fez um balanço dos leilões extraordinários realizados pelo Tesouro. "O Tesouro atuou durante esse mês de maio e junho com três objetivos principais: reduzir o impacto da volatilidade do mercado financeiro; oferecer uma referência de preço; e retirar risco de mercado", destacou Vital.
O Tesouro atuou inicialmente com a compra de títulos NTN-F, passando depois a LTN e NTN-B. Até o momento o balanço das operações é de R$ 20,6 bilhões em recompra de títulos, R$ 1,54 bilhões em venda, gerando uma posição líquida negativa de R$ 19,1 bilhões.
O coordenador adiantou a estratégia do Tesouro no período de 2 a 6 de julho envolvendo as seguintes atuações: cancelamento dos leilões tradicionais de NTN- F; leilão extraordinário de compra e venda de NTN-B na terça-feira (3); leilão extraordinário de compra e venda NTN-F na quarta-feira (4); e leilão tradicional de Letras Financeiras do Tesouro Nacional (LFT) na quinta (5). O leilão tradicional de Letras do Tesouro Nacional (LTN) na quinta-feira (5/07) ainda será definido de acordo com condições de mercado.