Parceria Brasil-Alemanha quer produzir gasolina mais barata

Parceria Brasil-Alemanha quer produzir gasolina mais barata
Foto: Divulgação

Sunday, 15 July 2018

O projeto de investigação científico-tecnológica e de desenvolvimento industrial tem como objetivo tornar a produção mais eficiente e barata.

Ajudar a desenvolver tecnologias mais avançadas para a produção de gasolina e assim torná-la mais barata para o consumidor. Este é o desafio da equipe dos Laboratórios de Fluidodinâmica Computacional (LFC) e de Verificação e Validação (LVV) da FURB.
 
O estudo foi contratado recentemente pelas Petrobras e está sendo coordenado pelo professor Henry França Meier, do Departamento de Engenharia Química. A análise também terá a colaboração da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e da Universidade de Bremen (UniBremen) da Alemanha. Ao todo, a pesquisa deve demorar cerca de três anos.

O projeto de investigação científico-tecnológica e de desenvolvimento industrial tem como objetivo investigar uma parte da produção de gasolina nas refinarias da Petrobras. Com isso, será possível tornar a produção mais eficiente e barata.

Durante os três anos de pesquisa, os pesquisadores vão desenvolver experimentos científicos para compreender o que está acontecendo atualmente e, ao final, propor melhorias. Como alguns estudos necessitam de equipamentos muito avançados, parte da investigação será feita nos laboratórios da Alemanha pelos pesquisadores da FURB. A parceria entre as três Universidades já originou outros projetos de pesquisa e artigos científicos, com troca de conhecimento em nível internacional.

O professor Meier explica que 30% da gasolina produzida mundialmente é proveniente do processo de craqueamento catalítico, em um equipamento que pode ter a altura de um prédio de 15 andares. No Brasil, há treze refinarias que usam este processo. Dentro dele, é gerado um spray de gotículas de petróleo, que sofre uma reação química para se tornar gasolina, entre outros produtos. Quanto melhor for o spray, melhor eficiência terá o equipamento.

No Brasil, o projeto conta com a atuação de nove doutores em engenharia, um aluno de doutorado, um engenheiro, seis alunos de mestrado e quatro de graduação. Na Alemanha, trabalharão dois doutores, um aluno de doutorado, dois de mestrado e um técnico. Além da formação dos alunos como jovens cientistas, o projeto também colabora especialmente com a FURB e com Blumenau:

“Como todo projeto de PD&I, há uma expectativa de aumento de performance da dispersão de carga no processo de refino de petróleo. Esta melhoria tem impacto na produção de gasolina, uma vez que aproximadamente 30% do derivado é produzido neste processo. Além da formação de recursos humanos com habilidades específicas para atuar no refino de petróleo, tem-se como legado a produção técnica e científica, a consolidação de laboratório único no país dedicado ao estudo da dispersão de carga e a parceria internacional com a UniBremen na Alemanha”, observa Meier.

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Redação

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