Foram quatro meses de negociações até que, enfim, foi fechado o acordo para o reajuste do salário mínimo regional catarinense, na última quinta (02/03).

Como o índice médio do reajuste (6,76%) ficou abaixo do que a Força Sindical catarinense almejava (algo entre 12% e 15%), mas se manteve acima da inflação do ano passado (6,29%, de acordo com o IPCA).decidiu-se que os valores devem ficar entre R$ 1 mil e R$ 1,2 mil para as quatro faixas salariais.

Em 2016, durante a negociação do piso salarial, o reajuste ficou em 11,12%, estando ligeiramente acima da inflação do ano anterior.

É válido ressaltar que boa parte dos estados – se não a maioria – estão mantendo o mínimo nacional, enquanto  outros definem seu piso por legislação própria. Nosso estado decidiu ainda em 2009 que adotaria o piso regional e enquanto o salário mínimo na esfera federal teve reajuste de 6,47% (indo de R$ 880 para R$ 937 agora em janeiro) o nosso ultrapassa um R$ 1 mil.

Foram cinco rodadas de negociações entre representantes sindicais e empresários representando cerca de 500 mil trabalhadores e agora o reajuste deve ser encaminhado ao governador, seguindo posteriormente à Assembleia Legislativa (Alesc) onde dificilmente sofrerá alguma alteração.

Abrangendo agricultores, diaristas, extrativistas, pecuaristas, pescadores, transportadores e profissionais da construção civil ou da indústria, a dita ‘primeira faixa’ passa de R$ 1.009 para R$ 1.078

Já os profissionais do calçados, curticultores, distribuidores, fiadores, tecelões, vestuário, bem como aqueles das áreas de Administração, Comunicação, Jornalismo, Papel, Saúde e Telemarketing deixam de ganhar R$ 1 mil e passam para R$ 1,1 mil, na dita ‘segunda faixa’.

Os profissionais da ‘terceira faixa’, que lidam com indústrias alimentícias, cinematográficas, farmacêuticas, químicas e também abrange os comerciários passam de R$ 1.104 para R$ 1.179.

Por último administradores de imóveis, analistas de dados, corretores de seguros, eletricistas, gráficos, joalheiros, mecânicos, metalúrgicos, turistólogos, bem como profissionais das indústrias dos cristais, porcelana e administradores escolares, que compõem a ‘quarta faixa’ passam de R# 1,1 mil a R$ 1,2 mil.

Lembrando, claro, que os trabalhadores receberão os valores retroativos a janeiro deste ano.