Consumo de GNV cresce com greve dos caminhoneiros

Consumo de GNV cresce com greve dos caminhoneiros
Foto: Divulgação

Friday, 27 July 2018

Crescimento foi de 13,9% ante mesmo mês de 2017, maio, diante do desabastecimento de combustíveis líquidos causado por uma histórica greve de caminhoneiros no país.

O consumo de Gás Natural Veicular (GNV) cresceu 13,9% em maio ante o mesmo mês de 2017, diante do desabastecimento de combustíveis líquidos causado por uma histórica greve de caminhoneiros no país, apontou nesta quinta-feira (5) a Abegás, associação das empresas distribuidoras de gás canalizado.

Foram consumidos 5,9 milhões de metros cúbicos/dia (m³/d) de GNV em maio, ante 5,2 m³/d no mesmo período do ano passado. Ante abril, houve uma alta do consumo de 1,6%.

Em nota, o presidente-executivo da Abegás, Augusto Salomon, disse que o desabastecimento causado durante a paralisação dos caminhoneiros, que durou 11 dias em maio, impulsionou o consumo de GNV. A greve protestou contra os altos preços do diesel.

Segundo o presidente da Abegás, houve ainda um aumento médio de 60 a 70% na procura pela conversão de veículos a GNV, o que resultará em aumento do consumo nos próximos meses.

"Incentivar o GNV é estratégico para o país. Por ser distribuído em tubulações, não depende do fornecimento por veículos. Além do mais, é menos poluente que os combustíveis líquidos, especialmente na comparação do diesel, o que faz dele uma alternativa para uso em veículos pesados, inclusive em transporte público municipal", afirmou.

O consumo de gás natural do Brasil em maio, no entanto, caiu 5,4% na comparação anual, para 59,46 milhões de m³/d, com o recuo da demanda industrial, bastante impactada pela paralisação dos caminhoneiros, que reduziu a produção da indústria não só pela falta de insumos, mas também pela impossibilidade de circulação dos produtos acabados, mostrou a Abegás.

Na indústria, principal mercado consumidor de gás, houve uma retração de 2,63% do consumo do insumo em maio, ante o mesmo mês de 2017, para 27 milhões de m³/d, segundo a Abegás. Na comparação com abril, houve uma queda de 3,64%.


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Redação

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