Isenções após greve de caminhoneiros pressionam lucro da CCR

Isenções após greve de caminhoneiros pressionam lucro da CCR
Foto: Divulgação

Friday, 26 October 2018

Lucro líquido caiu 22,7%; empresa perdeu R$ 76,3 milhões com isenções na cobrança de pedágios.

A empresa de concessões de infraestrutura CCR viu seu lucro cair no terceiro trimestre, diante dos efeitos de isenções concedidas pelo governo federal a caminhoneiros após uma greve do setor que paralisou o país na segunda quinzena de maio.

A companhia anunciou nesta quinta-feira (25) que seu lucro líquido de julho a setembro somou R$ 365,3 milhões, uma queda de 22,7% ante mesma etapa de 2017. Considerando bases comparáveis, o lucro caiu 14,2%, para R$ 405,3 milhões.

A receita líquida da companhia ainda cresceu 5,4% no trimestre, também no comparativo anual, para R$ 2,09 bilhões, apoiado no desempenho dos negócios de aeroportos e de mobilidade urbana, como linhas de metrô, o que compensou a queda nas receitas com pedágio na maioria das rodovias administradas pela CCR. Em bases comparáveis, a receita subiu 4,1%.

No entanto, o resultado operacional da companhia medido pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado caiu 0,9%, a R$ 1,258 bilhão. A margem Ebitda recuou 3,8 pontos percentuais ano a ano, para 60,2%.

O tráfego das rodovias administradas pela CCR no terceiro trimestre foi 4,5% menor do que um ano antes. Esse efeito foi parcialmente compensado pela cobrança de uma tarifa média 4,3% maior.

Isenção

Em 27 de maio, uma medida do governo determinou isenção da cobrança de eixos suspensos dos caminhões vazios. Essa foi uma das reivindicações dos caminhoneiros durante a greve.

Segundo a CCR, excluindo-se os efeitos das isenções, o tráfego consolidado da empresa teria tido queda de 0,1%. A empresa disse que as isenções representaram uma perda de receita de pedágio de cerca de R$ 76,3 milhões no período.

"As formas de compensação pela isenção de eixos suspensos, restabelecendo a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos, estão sendo discutidas com os poderes concedentes", afirmou a CCR no relatório.


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Redação

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