SC recebe R$ 2,4 milhões em investimento de multinacional chinesa
Foto: DivulgaçãoFriday, 13 September 2019
Projeto tem como objetivo fomentar a inovação e a transformação digital dos negócios da geradora.
A CTG Brasil, segunda maior geradora privada do setor elétrico brasileiro, se uniu à Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) para anunciar a criação do seu primeiro laboratório de inovação no País. Batizado de Digital Innovation Lab, a iniciativa faz parte de uma parceria entre as duas organizações e tem como objetivo fomentar a inovação e a transformação digital dos negócios da geradora.
Com a criação do laboratório de inovação e a parceria com a ACATE, a CTG Brasil avança na promoção da cultura de inovação na organização. Todo o projeto será desenvolvido a partir da aplicação de metodologias de gestão adotadas por empresas startups, como Lean Startup, Design Thinking e Scrum, cujos conceitos serão disseminados entre os colaboradores da empresa.
Além do fomento à cultura da inovação, colaboração e da disseminação dos conceitos de método ágil de gestão, a iniciativa irá acelerar projetos da área de Tecnologia da Informação (TI) aderentes ao Programa de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O investimento total do projeto é de R$ 2,4 milhões.
“Com a implementação do Digital Innovation LAB e por meio do programa de P&D ANEEL, estamos aproximando a companhia do ecossistema de inovação brasileiro, construindo uma conexão com startups, universidades e empresas. Vamos utilizar todo o ecossistema ACATE para atender demandas de TI com uma visão inovadora, com foco em colaboração e agilidade, afirma José Renato Domingues, vice-presidente Corporativo da CTG Brasil.
Mapeamento e solução para desafios
A parceria entre as partes prevê o desenvolvimento do projeto em duas fases, com duração total de 24 meses. Na primeira etapa, de seis meses, o time da ACATE irá realizar uma imersão na CTG Brasil, mapeando os principais desafios, a estratégia, a cultura organizacional, o capital humano e os sistemas de TI usados. Ao longo desta fase, será realizada a estruturação do Digital Innovation Lab, que será implementado na cidade de São Paulo, sede da geradora.
Uma vez identificados os principais desafios de TI, serão priorizadas a sequência de trabalho e a definição das equipes alocadas para cada um dos projetos (conceito de squads). Cada grupo, a partir de então, irá definir as hipóteses e o plano de ação para a construção de um produto mínimo viável (MVP, sigla em inglês) para endereçar os desafios definidos. A aprovação das propostas ocorrerá em um “pitch” de cada squad ao Comitê de Inovação da CTG Brasil.
Com o MVP dos desafios aprovados, tem-se o início da segunda fase do projeto. A expectativa é que, no começo desta etapa, ocorra também a inauguração do laboratório, que ficará dentro do novo hub de inovação da ACATE em São Paulo em endereço em fase final de definição. O local irá abrigar o time da Acate e as startups que irão desenvolver as soluções definidas anteriormente.
Para Daniel Leipnitz, presidente da ACATE, a criação do laboratório de inovação vai trazer resultados efetivos e, principalmente, melhorias para os processos que a CTG Brasil desenvolve hoje em dia. “Mais do que isso, a parceria da empresa com a ACATE vai possibilitar que eles estejam ainda mais próximos do nosso ecossistema de tecnologia e inovação, tendo maior contato com as startups e com diferentes projetos inovadores.”
Investimentos em Inovação
A criação do Digital Innovation Lab está em linha com o objetivo da companhia de se posicionar como uma provedora de soluções para o setor elétrico. Em 2019, a geradora irá investir R$ 12 milhões em 21 projetos de P&D, crescimento de 66% em relação ao montante aportado em 2018.
Entre as principais iniciativas em desenvolvimento pela companhia e seus parceiros estão uma pesquisa para transformar macrófitas, uma planta aquática presentes nos reservatórios das usinas, em biocombustíveis e uma pesquisa de controle biotecnológico do mexilhão-dourado para reduzir a reprodução da espécie, considerada invasora nas bacias hidrográficas brasileiras.