Queda do PIB em 2020 deve ser menor do que o previsto

Queda do PIB em 2020 deve ser menor do que o previsto
Foto: Reprodução

Monday, 27 July 2020

Mercado projeta tombo de 5,77% em 2020, inferior aos 5,95% calculados anteriormente.

 
Foi a quarta semana seguida de melhora na previsão para a atividade econômica.

Analistas também reduziram previsão de inflação para 1,67% este ano.

Os economistas do mercado financeiro voltaram a melhorar a estimativa para o tombo do nível de atividade da economia neste ano, revisando a previsão de 5,95% para 5,77%.

Essa foi a quarta semana seguida de melhora do indicador. A projeção faz parte do boletim de mercado, conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (27) pelo Banco Central (BC).

Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

A expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia mundial e colocado o mundo no caminho de uma recessão.

Nas últimas semanas, porém, indicadores têm mostrado o início de uma retomada da economia brasileira. Na última semana, o governo brasileiro manteve a expectativa de queda de 4,7% para o PIB de 2020. O Banco Mundial prevê uma queda de 8% no PIB brasileiro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima um tombo de 9,1% em 2020.

Em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 1,1%.

Foi o desempenho mais fraco em três anos.

Nos três primeiros meses de 2020, foi registrada uma retração de 1,5% na economia brasileira. Entenda os impactos do avanço do coronavírus nas economias global e brasileira Para 2021, a expectativa de crescimento do mercado financeiro para PIB foi mantida em 3,50%. Inflação abaixo de 2% Segundo o relatório divulgado pelo BC, os analistas do mercado financeiro baixaram de 1,72% para 1,67% a estimativa de inflação para 2020. A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5% neste ano. Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2021, o mercado financeiro manteve em 3% sua previsão de inflação.

No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%. Taxa básica de juros O mercado segue prevendo nova queda da taxa básica de juros da economia brasileira em agosto deste ano.

Atualmente, a Selic está em 2,25% ao ano.

A previsão dos analistas é de que a taxa recue para 2% no início do mês que vem e que assim permaneça até o fim deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa do mercado permaneceu estável em 3% ao ano.

Isso quer dizer que os analistas seguem estimando alta dos juros no ano que vem. Outras estimativas Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 continuou em R$ 5,20.

Para o fechamento de 2021, ficou estável em R$ 5 por dólar. Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2020 recuou de US$ 55,15 bilhões para US$ 55 bilhões de resultado positivo.

Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado caiu de US$ 53,40 bilhões para US$ 53,35 bilhões de superávit. Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2020, ficou estável em US$ 53,95 bilhões.

Para 2021, a estimativa dos analistas permaneceu em US$ 64,10 bilhões.

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Redação

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