Bolsonaro recusa proposta do Renda Brasil

Bolsonaro recusa proposta do Renda Brasil
Foto: Divulgação

Thursday, 27 August 2020

Em declaração nesta quarta, 26, Bolsonaro disse que discussões sobre o Renda Brasil estão suspensas e quer que texto seja reajustado em três dias.

Nesta quarta-feira, 26, em um evento na Usiminas, em Ipatinga-MG, o presidente Jair Bolsonaro disse que recusou a proposta do Renda Brasil enviada pela equipe econômica do governo.

Segundo o presidente, as discussões sobre o programa - que substituirá o Bolsa Família - estão suspensas até que o texto da proposta seja reajustado. Bolsonaro falou que a atual proposta não será enviada ao parlamento.

"Ontem discutimos a possível proposta do Renda Brasil ,e falei está suspenso. A proposta como apareceu para mim não será enviada ao parlamento. Não posso tirar de pobre para dar a paupérrimos", disse.

Em sua declaração, Bolsonaro também relatou que não deseja que o dinheiro do Renda Brasil seja retirado de outros programas. Ele citou o fim do abono salarial, que já estava em discussão no governo.

"Não podemos fazer isso aí, como por exemplo, a questão do abono para quem ganha até 2 salários mínimos , que seria um 14º salário, não podemos tirar isso de 12 milhões de pessoas para dar ao Bolsa Família, ao Renda Brasil ou como for chamar esse novo programa", concluiu.

Diante disso, o presidente deu um prazo de três dias para que o ministro Paulo Guedes apresente uma contraproposta do programa. A expectativa, portanto, é de que até sexta-feira, 28, o país conheça mais detalhes sobre o Renda Brasil, que se coloca como a marca social do governo Bolsonaro.

Auxílio emergencial: novo valor deve sair até sexta, diz Bolsonaro

Após se reunir com o ministro Paulo Guedes (Economia) e outros integrantes do governo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o novo valor do auxílio emergencial será anunciado até a próxima sexta. O anúncio foi feito na noite desta terça-feira, 25.

"Apresentou-se o auxílio emergencial por três meses. Já prorrogamos por mais dois, acaba esse mês. E nós pretendemos prorrogar - pretendemos, né? - até o final do ano, não com este valor que está aí, que pode até ser pouco para quem recebe, mas é muito para quem paga", disse.

O presidente completou dizendo que o governo - que é quem paga o auxílio - não tem esse dinheiro. Segundo ele, a verba vem de endividamento e ainda acrescentou estar negocioando o valor do benefício.

"Hoje teve mais uma reunião com equipe econômica [...] Demos mais um passo no tocante a isso daí, porque nós acreditamos que teremos mais um endividamento, não na ordem de R$ 50 bilhões por mês, como é este auxílio emergencial no momento, de R$ 600, mas diminuir um pouco esse valor para ver se a economia pega. Nós temos que pegar. A economia tem que pegar".


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Redação

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