69% das empresas não preveem contratar no 2º tri

69% das empresas não preveem contratar no 2º tri
Foto: Reprodução

Wednesday, 10 March 2021

O levantamento mostrou que 24% dos empregadores acreditam que os níveis de contratação pré-pandemia podem retornar até o fim de 2021.

A pandemia do novo coronavírus mudou os planos do mundo corporativo desde o ano passado. Em 2021, havia uma esperança de que a situação melhoraria no Brasil com a chegada da vacina e a crise poderia finalmente ser amenizada com a retomada das atividades econômicas. Mas, não é bem por esse lado que o cenário está caminhando.

Uma pesquisa realizada pelo ManpowerGroup, sobre expectativa de emprego, aponta que 69% dos empregadores não pretendem fazer alterações no quadro de funcionários, enquanto 21% têm intenção de contratar e 8% esperam reduzir as equipes no 2º trimestre.

O levantamento foi feito entrevistando 652 pessoas entre os dias 6 e 26 de janeiro, antes do aperto das medidas de restrição em todo o país neste mês devido ao agravamento da pandemia.

O indicador de expectativas de contratação no Brasil para o 2º trimestre é de 9%, um ponto percentual abaixo em relação ao 1º trimestre e 4 pontos percentuais mais fraco em relação ao 2º trimestre de 2020.

Apesar da queda no índice de intenção de contratação, o resultado coloca o Brasil com as melhores perspectivas entre os países das Américas, atrás apenas dos Estados Unidos, que registraram índice de 18% (veja ranking abaixo).

A pesquisa ainda apurou que 24% dos empregadores acreditam que os níveis de contratação pré-pandemia podem retornar até o fim de 2021, enquanto para 39% não houve mudança nas intenções desde o início da Covid-19. Já 4% dos entrevistados têm a perspectiva de que os níveis de contratação nunca retomem os índices anteriores à pandemia.

Sete dos oito setores pesquisados esperam aumentar as contratações no próximo trimestre. As melhores intenções são previstas nos setores de Serviços e Comércio Atacadista e Varejista, ambos com expectativa de +13%.

“Apesar do avanço da segunda onda de infecções pela Covid-19 no país, as intenções de contratação seguem otimistas para os meses de abril a junho. Empresários acreditam que até o fim deste ano, os níveis pré-Covid retornem e 21% deles têm intenção de contratar, índice mais positivo desde o 2º trimestre de 2020. Este resultado foi impulsionado principalmente pelo crescimento nas intenções nos setores de serviços e comércio atacadista e varejista e na recuperação do estado do Rio de Janeiro. O início da vacinação também traz expectativa de uma retomada e impulsiona este resultado”, comenta Nilson Pereira, CEO do ManpowerGroup.

O levantamento também perguntou aos entrevistados brasileiros quais as políticas serão seguidas pelas empresas em relação aos funcionários quando houver uma vacina disponível: para 43%, todos os empregados deverão ser vacinados, enquanto 23% não têm planos de implementar uma regra fixa de imunização e deixará como uma escolha individual.

Comparativo por setores e região

Empregadores de sete dos oitos setores pesquisados preveem aumento das contratações nos próximos três meses. O destaque fica para o setor de Serviços, com 13%, crescimento de 14 pontos percentuais em relação ao 1º trimestre, e Comércio Atacadista e Varejista, que também registrou 13%. Veja a relação completa abaixo:

  • Serviços: +13%
  • Comércio Atacadista e Varejista: +13%
  • Indústria: +11%
  • Construção: +10%
  • Finanças, Seguros & Imobiliário: +10%
  • Transporte & Serviços Públicos: +5%
  • Agricultura, Pesca & Mineração: +2%
  • Administração Pública & Educação: -5%

Na análise por região, a pesquisa também apontou aumento na expectativa de contratações em todas as cinco regiões pesquisadas.

  • Paraná: +18%
  • Cidade de São Paulo: +8%
  • Minas Gerais: +7%
  • Estado do Rio de Janeiro: +5%
  • Estado de São Paulo: +3%

Porte de empresa

Já quando analisada a expectativa de contratação na divisão por porte de empresa , o levantamento apresenta aumento em duas das quatro categorias por porte de organização.

  • Grandes empresas: +23%
  • Médias empresas: +14%
  • Pequenas empresas: -3%
  • Microempresas: -5%

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Redação

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