Produção industrial cresce após 3 meses de queda

Produção industrial cresce após 3 meses de queda
Foto: Divulgação

Tuesday, 27 April 2021

A indústria brasileira voltou a registrar expansão em março, de acordo com a Sondagem Industrial.

A indústria brasileira voltou a registrar expansão em março, de acordo com a pesquisa Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador de evolução da produção cresceu 3,4 pontos na comparação a fevereiro deste ano, passando de 47,1 pontos para 50,5 pontos. Com isso, superou a linha divisória de 50 pontos, o que indica que a produção aumentou em relação ao mês anterior, após três meses de queda. Ele varia de 0 a 100 pontos, sendo o 50 a linha de corte.

A utilização da capacidade instalada está em 68%, maior percentual para o mês de março desde 2014, quando chegou a 71%. O indicador de evolução do número de empregados ficou próximo à linha de 50 pontos (50,1 pontos), o que indica que não houve redução no número de empregados. No mês também houve aumento nos estoques, no entanto, eles permanecem abaixo do planejado pelas empresas.

De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a pesquisa mostra que os empresários seguem otimistas. Os indicadores de expectativa de demanda, exportações, compras de matérias primas e empregados aumentaram em abril em relação a março. Eles permanecem acima da linha de 50 pontos desde julho de 2020, indicando otimismo sustentado por parte dos empresários industriais.

Apesar dos indicadores de aquecimento da indústria e de expectativas se mostrarem positivos, as empresas apontam piora em sua condição financeira no primeiro trimestre de 2021, com queda nos indicadores de satisfação com o lucro operacional, de satisfação com a situação financeira e de facilidade de acesso ao crédito.

O principal problema das indústrias no primeiro trimestre de 2021 permanece sendo a falta e o alto custo das matérias-primas, problema mencionado por 67,2% das indústrias entre os três principais. O indicador de evolução do preço médio das matérias primas se encontra no maior patamar da série histórica iniciada em 2012.


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Redação

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