Em outubro, preço da cesta de consumo aumentou em 7 das 8 capitais monitoradas

Em outubro, preço da cesta de consumo aumentou em 7 das 8 capitais monitoradas
Foto: Imagem meramente ilustrativa

Friday, 19 November 2021

O maior aumento registrado foi em Curitiba. Belo Horizonte teve queda de preço.

A HORUS Inteligência de Mercado e o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) se uniram para lançar a plataforma Cesta de Consumo. O serviço monitora a variação de preço de duas cestas de consumo típicas brasileiras pela análise da leitura mensal de mais de 35 milhões de notas fiscais: a Cesta de Consumo Básica, que conta com 22 alimentos básicos com maior presença nas compras do shopper, e a Cesta de Consumo Ampliada, contendo mais de 50 produtos de consumo, incluindo bebidas e itens de limpeza, higiene e beleza.  

A plataforma monitora a variação e o comportamento dos preços nas oito maiores capitais brasileiras em população - Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo -, e os produtos e quantidades analisados variam conforme os hábitos de consumo locais. 

Cesta mais cara

O valor médio da cesta de consumo básica de alimentos de outubro aumentou em relação ao mês anterior em quase todas as cidades analisadas mensalmente pela plataforma Cesta de Consumo HORUS/FGV IBRE, recém-lançada. As maiores altas foram registradas em Curitiba (7,6%), Salvador (3,8%) e São Paulo (3,0%), em relação a setembro/21. Belo Horizonte apresentou leve retração. 

A cesta mais cara foi a do Rio de Janeiro (R$ 809,70), seguida pelas de São Paulo (R$ 775,90) e Fortaleza (R$ 714,80). Por outro lado, as capitais Belo Horizonte (R$ 518,50), Curitiba (R$ 592,10) e Brasília (R$ 597,10) registraram os menores valores. 

Tabela 1 – Valores da cesta de consumo básica por capital em outubro/21  

Capital 

 Set/21 

 Out/21 

Var (%)  

Belo Horizonte 

525,00 

518,50 

-1,2% 

Curitiba 

550,50 

592,10 

7,6% 

Brasília 

590,90 

597,10 

1,0% 

Manaus 

604,70 

618,40 

2,3% 

Salvador 

632,90 

654,70 

3,4% 

Fortaleza 

704,30 

714,80 

1,5% 

São Paulo 

755,60 

775,90 

2,7% 

Rio de Janeiro 

796,80 

809,70 

1,6% 

Os produtos que contribuíram para as maiores altas na cesta básica no mês foram Legumes (batata, cenoura e cebola), Açúcar, Café em Pó e Margarina, que aumentaram em todas as capitais. Frango também apresentou alta em sete das oito cidades pesquisadas:  

Tabela 2 – Produtos com mais altas de preços médios da cesta de consumo básica em outubro/21  

Capital 

Var (%) no mês 

Legumes 

Açúcar 

Café em pó 

Margarina 

Frango 

Belo Horizonte 

5,5% 

0,6% 

0,2% 

0,4% 

-0,8% 

Brasília 

19,0% 

2,9% 

2,4% 

1,4% 

3,2% 

Curitiba 

12,0% 

3,9% 

4,4% 

3,8% 

2,5% 

Fortaleza 

0,0% 

4,8% 

4,3% 

1,5% 

4,3% 

Manaus 

-2,0% 

8,2% 

3,6% 

3,2% 

4,2% 

Rio de Janeiro 

6,5% 

6,4% 

5,7% 

1,9% 

2,6% 

Salvador 

4,3% 

0,9% 

3,4% 

2,1% 

2,5% 

São Paulo 

2,5% 

3,8% 

2,9% 

2,8% 

3,6% 

Alguns produtos também apresentaram redução de preço. É o caso dos ovos e do feijão, que apresentaram queda no preço médio em 6 das 8 capitais, além do arroz, fubá e farinhas de milho, que tiveram redução de preço em 5 cidades. 

 

Tabela 3 – Produtos com mais reduções de preços médios da cesta de consumo básica em outubro/21 

Capital 

Var (%) no mês 

Ovos 

Feijão 

Arroz 

Fubá e Farinhas de Milho 

Belo Horizonte 

-0,2% 

-0,4% 

0,1% 

-1,4% 

Brasília 

-1,1% 

-0,9% 

-0,1% 

-0,3% 

Curitiba 

0,8% 

0,4% 

1,4% 

5,4% 

Fortaleza 

-1,7% 

-0,5% 

-1,5% 

-0,4% 

Manaus 

-0,9% 

0,0% 

0,5% 

-0,1% 

Rio de Janeiro 

-0,2% 

0,1% 

-2,1% 

-0,1% 

Salvador 

1,6% 

-1,7% 

-0,6% 

1,8% 

São Paulo 

-0,5% 

-0,2% 

-1,0% 

1,5% 

Em Curitiba, cidade que apresentou maior variação no valor da cesta básica, os produtos que mais subiram foram Legumes (12,0%), Frutas (6,8%) e Fubá e Farinhas de Milho (5,4%), Café em pó (4,4%) e Açúcar (3,9%). 

Quando se considera a cesta de consumo ampliada, que inclui bebidas e produtos de higiene e limpeza, além de alimentos, houve um aumento no valor médio em seis das oito capitais analisadas, em relação ao mês anterior. As capitais que apresentaram valores mais altos da cesta ampliada foram Rio de Janeiro (R$ 1.728,60), São Paulo (R$ 1.658,40) e Fortaleza (R$ 1.523,90), seguindo o mesmo comportamento da cesta básica. 

Tabela 4 – Valores da cesta de consumo ampliada por capital em outubro/21  

Capital 

 Set/21 

 Out/21 

Var (%)  

Belo Horizonte 

          1.375,90  

           1.293,30  

-6,0% 

Manaus 

          1.358,00  

           1.339,70  

-1,3% 

Curitiba 

          1.244,80  

           1.353,80  

8,8% 

Brasília 

          1.333,40  

           1.358,60  

1,9% 

Salvador 

          1.411,80  

           1.467,80  

4,0% 

Fortaleza 

          1.522,60  

           1.523,90  

0,1% 

São Paulo 

          1.634,40  

           1.658,40  

1,5% 

Rio de Janeiro 

          1.704,80  

           1.728,60  

1,4% 

Na cesta ampliada, destaca-se a elevação de preços de produtos de higiene e de limpeza, com 8 das 8 capitais apresentando alta de preços médios, como mostra a tabela abaixo:  

Tabela 5 – Produtos com mais altas de preços médios na cesta ampliada em outubro/21 

 

A diferença de preços entre o mesmo tipo de produto entre as capitais chama atenção, podendo chegar a 117%. Um exemplo é a farinha de mandioca, cujo preço médio em Fortaleza é R$ 3,46 e em São Paulo é R$ 7,49.  

As maiores diferenças de preços médios entre cidades podem ser vistas na tabela a seguir:  

Tabela 6 - Maiores diferenças de preços médios de produtos entre capitais em outubro/21 

 

 


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