Como aproveitar a Black Friday sem cair na 'black fraude'
Foto: ReproduçãoThursday, 25 November 2021
Trata-se da prática de anunciar um desconto que não existe de verdade, só para tentar convencer o consumidor de que a compra é vantajosa.
Em toda Black Friday acontece a mesma coisa: chovem anúncios de ofertas, e os consumidores desconfiam da já famosa "black fraude" e da "metade do dobro". Trata-se da prática de anunciar um desconto que não existe de verdade, só para tentar convencer o consumidor de que a compra é vantajosa.
Às vésperas da Black Friday 2021, que acontece amanhã (26), levantamos dicas para você aproveitar as promoções sem ser enganado. Leia abaixo.
Pesquisa de preço é fundamental
Não há como escapar das pesquisas de preço. Hoje em dia, há vários sites que comparam custos de um mesmo produto.
O Buscapé tem um sistema comparador de preços, em que é possível pesquisar pelo produto desejado e ver quanto ele custava nas semanas anteriores à Black Friday (e quanto custa no dia, claro).
O Bondfaro, comprado pelos ex-fundadores do Buscapé, também oferece a pesquisa de preços, que é uma das maiores da América Latina.
Também existe o JáCotei, que destaca produtos, mostra a variação de preços e informa em quantas lojas estão disponíveis.
O Zoom oferece um histórico dos preços nos últimos seis meses.
O Google também tem a ferramenta que informa preços anteriores, o Google Shopping.
Também vale vasculhar redes sociais
Segundo o advogado especialista em direito do consumidor Alexandre Ricco, vale também fazer uma grande pesquisa nas redes sociais da loja e em sites de reclamações para verificar se a empresa cumpre os preços e prazos.
"Quando o lojista dá uma oferta, ele está atrelado a ela. Ou seja, tem que cumpri-la. Mas sabemos que na Black Friday nem sempre é assim. As redes sociais hoje têm uma função importante ao mostrar uma realidade que muitos querem esconder", afirma.
Procon e site oficial ajudam
A Fundação Procon-SP disponibiliza um sistema no qual é possível consultar quais os sites não confiáveis já identificados pelo órgão. Apesar de ser produzida em São Paulo, a tabela é utilizada como referência em outros estados.
Muitos dos sites ainda estão no ar, mesmo tendo sido notificados pelo Procon.
O site oficial da Black Friday não é responsável por vendas e entregas, mas faz um "meio de campo" entre as ofertas e o consumidor, enviando as principais promoções pelo e-mail que o cliente informar. Lá também é possível saber quais lojas estão participando oficialmente do evento este ano.
Cuidado com lojas falsas
Há muitas lojas falsas na internet. É possível identificá-las observando o endereço do site e comparando-o com a página principal ou com e-mails já recebidos. Fique atento também a erros gramaticais.
"Procure no próprio site informações básicas sobre a loja. Caso haja dados como CNPJ, existem bancos de dados oficiais, como o da Receita Federal, que detalham se a empresa está ativa, por exemplo", afirma Douglas Madeira, advogado especialista em direito do consumidor.
Outra dica: não compre produtos via e-mail ou mensagens enviadas por WhatsApp ou SMS. Procure ir diretamente aos sites oficiais dos fornecedores.