Banco Central reduz previsões de crescimento do PIB em 2021 e 2022

Banco Central reduz previsões de crescimento do PIB em 2021 e 2022
Foto: Imagem meramente ilustrativa

Friday, 17 December 2021

Para este ano, estimativa caiu de 4,7% para 4,4%; para 2022, de 2,1% para 1%. Aumento da inflação e da taxa básica de juros influenciam crescimento da economia.

O Banco Central reduziu as previsões de crescimento da economia brasileira neste ano e em 2022. Os números constam do relatório de inflação do quarto trimestre, divulgado nesta quinta-feira (16).

As previsões revisadas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) passam a ser as seguintes:

  • PIB em 2021: caiu de 4,7% para 4,4%;
  • PIB em 2022: caiu de 2,1% para 1%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.

No ano passado, o PIB registrou queda de 4,1%. Entretanto, em 2021, o crescimento econômico tem sido freado pelo aumento da inflação e da taxa básica de juros, que atingiu 9,25% ao ano — o maior patamar em mais de quatro anos.

De acordo com o Banco Central, o PIB do terceiro trimestre, negativo e que trouxe de volta a recessão técnica, e alguns dos principais indicadores de atividade apresentaram resultados piores do que os esperados no último relatório de inflação (divulgado em setembro).

Outras estimativas

A previsão do BC para o crescimento da economia em 2022, apesar de ter sido revisada para baixo, ainda está acima da estimativa feita pelos analistas do mercado financeiro.

Na semana passada, os economistas reduziram a expectativa de alta do PIB de 0,51% para 0,50%. Para este ano, a previsão é de alta de 4,65%.

Entretanto, a expectativa do BC para o próximo ano está abaixo da previsão divulgada pelo governo, feita pelo Ministério da Economia em novembro. Para a pasta, o PIB registrará crescimento de 2,1% em 2022.

Desaceleração em 2022

Conforme o Banco Central, "surpresas negativas" em dados recentemente divulgados e o aumento do chamado "risco fiscal" pioram as previsões para a evolução da atividade econômica no próximo ano.

A instituição citou também que os "recentes questionamentos em relação ao arcabouço fiscal", com a mudança promovida pela PEC dos Precatórios já impactam as condições financeiras atuais e, consequentemente, "a atividade econômica corrente e futura".

Além do aumento de juros, o BC citou, também, a perspectiva de que limitações na disponibilidade de insumos em determinadas cadeias produtivas perdurem por mais tempo do que se esperava anteriormente.

Em sentido oposto, porém, o BC avaliou que outros fatores devem contribuir positivamente para PIB. Entre eles, dois se destacam:

  • o arrefecimento da pandemia observado até o momento e a volta da mobilidade e das interações sociais devem continuar beneficiando atividades do setor de serviços;
  • perspectivas favoráveis para a agropecuária, com expectativa de altas expressivas na produção agrícola, em especial daqueles produtos mais severamente afetados por problemas climáticos em 2021.

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Redação

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