Secretaria da Agricultura contabiliza as perdas devido ao excesso de chuvas
Foto: DivulgaçãoThursday, 08 June 2017
O impacto maior do excesso de chuvas no setor agropecuário será sentido pelos produtores de feijão e milho.
As chuvas que atingiram Santa Catarina causaram estragos também ao setor agropecuário. A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa/Epagri) já calculam os prejuízos, principalmente nas safrinhas de feijão e milho, que estão em fase final de colheita. O relatório preliminar foi divulgado nesta quarta-feira, 7, e seguirá com atualizações constantes.
O impacto maior do excesso de chuvas no setor agropecuário será sentido pelos produtores de feijão e milho. Apesar de boa parte da 2ª safra já ter sido colhida, as perdas nas áreas remanescentes podem chegar a 100%. As regiões mais atingidas foram a Oeste e Extremo-Oeste, lembrando que na região de Rio do Sul ainda não foi possível realizar levantamento de perdas agrícolas.
O relatório preliminar de eventuais perdas no setor agropecuário em Santa Catarina utilizou dados levantados pelas gerências regionais da Epagri e por técnicos da Epagri/Cepa nas regiões mais afetadas do estado.
Oeste Catarinense
Somadas as microrregiões de Chapecó, Concórdia e Xanxerê, são 71 municípios com 11,8 mil hectares plantados de feijão. E a produção da safrinha era esperada em 22,2 mil toneladas.
Segundo informações obtidas com técnicos e produtores dos municípios afetados, falta colher seis mil hectares de feijão e as perdas são estimadas em 50% da produção, ou seja, cinco mil toneladas que poderão ser perdidas.
Na produção de leite ainda não há registro de perdas. As coletas estão sendo executadas, mesmo com dificuldade devido às estradas danificadas.
Meio-Oeste
Na região de Joaçaba os maiores prejuízos são na atividade leiteira. A redução na produção já gira em torno de 10%. Além disso, os técnicos da Epagri descrevem o atraso tanto no plantio de alho quanto no término da colheita de milho.
Sul Catarinense
Os danos também são sentidos nas lavouras de feijão e, principalmente, nas hortaliças. A região de Criciúma já contabiliza perdas de aproximadamente 35% nas plantações de hortaliças e a safrinha de feijão pode ter 30% da produção comprometida.
A colheita de feijão esperada nas regiões de Tubarão, Criciúma e Araranguá era de seis mil toneladas, das quais 1,5 mil toneladas podem ser perdidas ou se forem colhidas o grão pode não ter qualidade comercial.
Na pecuária de leite, as perdas giram em torno de 20% em decorrência das pastagens de inverno que não se desenvolvem plenamente.
Planalto Norte
Na região de Canoinhas, os principais problemas estão na atividade leiteira. A captação de leite continua a ser feita por acessos alternativos, por causa das estradas interditadas, porém as pastagens estão sendo danificadas pelo excesso de chuvas.
No município de Ireneópolis, onde o plantio de cebola é realizado sob o sistema de plantio direto, poderá ocorrer replantio de algumas áreas devido às enxurradas.
Extremo-Oeste
Na região de São Miguel do Oeste há diminuição no volume de leite produzido e perdas na produção de silagem e de pastagens anuais.
Boa parte da produção de feijão já foi colhida, porém cerca de 1,8 mil toneladas poderão ser perdidas.