Desemprego recua para 10,5%

Desemprego recua para 10,5%
Foto: Reprodução

Friday, 17 June 2022

Crise ainda atinge 11,3 mi de pessoas, mas já dá indícios de melhora.

O Brasil criou mais vagas, e a taxa de desocupação no trimestre de fevereiro a abril ficou em 10,5%, segundo dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esse foi o menor percentual para o período desde 2015, quando foi de 8,1%. Em relação ao trimestre anterior, a taxa caiu 0,7 ponto percentual, e, no ano, a queda foi de 4,3 pontos percentuais.

Entretanto, o rendimento médio caiu quase 8% em relação ao mesmo período do ano passado, relativo a fevereiro a abril de 2021.

Menos desocupados

A população desocupada recuou 5,8% frente ao trimestre móvel anterior, o que representa 699 mil pessoas a menos. No ano, a queda foi de 25,3%, menos 3,8 milhões de pessoas desocupadas. Apesar dos recuos, 11,3 milhões de pessoas continuam desempregadas no país.

De acordo com o IBGE, o número de pessoas ocupadas foi de 96,5 milhões, o maior da série histórica, iniciada em 2012. O número representa alta de 1,1% na comparação com o trimestre de novembro a janeiro e de 10,3% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Isso equivale a um aumento de 1,1 milhão de pessoas ocupadas no trimestre e de 9 milhões de ocupados no ano.

No mês passado, a taxa de desocupação foi estimada em 11,1% no trimestre encerrado em março, ficando estável frente ao trimestre anterior. Também houve estabilidade no número de desempregados, que totalizou 11,9 milhões de pessoas. Já a população ocupada, estimada em 95,3 milhões, caiu 0,5% na mesma comparação.

Rendimento cai 7,9% no ano

O rendimento real habitual foi apurado em R$ 2.569 no trimestre encerrado em abril, apresentando estabilidade frente ao trimestre anterior e queda de 7,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas do IBGE, a expansão da formalidade não seu traduziu em crescimento do rendimento. "Embora tenha havido crescimento da formalidade, não foi observada expansão do rendimento médio real do emprego com carteira assinada no setor privado. Além disso, houve queda no rendimento do setor público", afirma.

Já a massa de rendimento real habitual, que foi de R$ 242,9 bilhões, cresceu frente ao trimestre anterior e ficou estável na comparação anual.

"No panorama do trimestre, a massa de rendimento aumentou em função da expansão da ocupação. No ano, embora tenha havido um crescimento expressivo da população ocupada, houve retração do rendimento, fazendo com que a massa fique estável apesar do número muito maior de pessoas ocupadas", acrescenta Beringuy.

Vagas em educação

Segundo a coordenadora do IBGE, aumentos da ocupação se deram nos grupamentos de transporte, armazenagem e correio; administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais; e outros serviços. Os demais grupamentos ficaram estáveis.

"O grupo administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais foi impulsionado pelo crescimento em educação, que inclui tanto a rede pública como a privada. Em outros serviços, destaca-se o aumento nos serviços de embelezamento, como cabeleireiros, manicure e esteticista", diz Beringuy.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 35,2 milhões de pessoas, subindo 2,0% (690 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 11,6% (acréscimo de 3,7 milhões de pessoas) na comparação anual.

Todas as demais posições na ocupação, como trabalhadores sem carteira no setor privado, conta própria e empregador, mantiveram estabilidade. Assim, a taxa de informalidade caiu de 40,4%, no trimestre anterior, para 40,1% da população ocupada, totalizando 38,7 milhões de trabalhadores informais.


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Redação

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