Dólar opera em queda, abaixo de R$ 5,20
Foto: DivulgaçãoThursday, 28 July 2022
Na quarta-feira, moeda norte-americana recuou 1,85%, vendida a R$ 5,2502.
O dólar opera em queda nesta quinta-feira (28), após recuo do PIB dos EUA no segundo trimestre e decisão do banco central dos Estados Unidos em relação à taxa de juros.
Às 10h31, a moeda norte-americana caía 1,22%, vendida a R$ 5,1864. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 5,2502, em queda de 1,85% - menor patamar de fechamento desde 30 de junho (R$ 5,2327). Com o resultado, acumula alta de 0,33% no mês. No ano, tem desvalorização de 5,82%.
O que está mexendo com os mercados?
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos recuou 0,9% no segundo trimestre. Foi o segundo trimestre seguido de baixa: no primeiro trimestre, a economia do país teve uma queda também anualizada de 1,6%, na primeira retração desde a recessão do início da pandemia, há dois anos. No 4º trimestre de 2021, a economia dos EUA cresceu a um ritmo robusto de 6,9%.
Os mercados avaliam ainda a decisão de política monetária do Federal Reserve (BC dos EUA). Na véspera, o Fed voltou a aumentar a taxa de juros do país em 0,75 ponto percentual, para uma faixa de 2,25% a 2,5%.
Taxas de juros mais elevadas nos Estados Unidos tendem a reforçar o fluxo de dólares para aquele país, fazendo a cotação da moeda subir em relação ao real. A avaliação, no entanto, é que a alta veio em linha com o esperado – investidores temiam que a taxa poderia ser elevada em 1 ponto percentual.
Além disso, houve algum reconhecimento de desaceleração da economia norte-americana. E em coletiva de imprensa o chefe da instituição, Jerome Powell, afirmou que em algum momento a magnitude do aperto nos juros diminuirá, esvaziando apostas até mesmo de nova alta de 0,75 ponto.
Ainda assim, o Fed reforçou compromisso em levar a inflação à meta de 2%, buscando um pouso suave para a economia - o que aliviaria temores de recessão por trás do mau humor dos mercados nas últimas semanas.
Na cena local, permanecem no radar de investidores temores sobre a credibilidade do Brasil, que foi abalada recentemente por uma emenda constitucional que amplia e cria uma série de benefícios sociais, prevendo despesas fora do teto de gastos a apenas alguns meses das eleições presidenciais.