Blumenau recebe a 41ª edição da Feirinha da Servidão

Blumenau recebe a 41ª edição da Feirinha da Servidão
Foto: Rick Latorre

Monday, 07 May 2018

cada vez maior e mais cheia de vida, confira uma lista com os expositores e uma galeria de fotos sobre esse admirável evento.

Aconteceu nesse sábado a 41ª edição da Feirinha da Servidão. Para a comunidade é um evento importante, mas para nós – do BLUMENEWS – foi um pouco mais especial: foi a 30ª feirinha que tivemos a oportunidade de cobrir e vislumbrar seu crescimento é, no mínimo, inspirador.

Do seu começo despretensioso junto ao Butiquin Wollstein até o momento de agora, onde o evento já toma mais de metade da Curt Hering e, certamente, a tomará inteira no futuro. Do agradável calçadão da Bruckheimer que contou com apresentações artísticas incríveis como a da excelente Harpas Velhas e com exemplos admiráveis, como o de Simone Albino, que espalho vasilhas pelo evento com água para os animaizinhos poderem matar a sede.

Diferente das outras edições, infelizmente, dessa vez o espaço para a gastronomia vegana estava menor. A demanda, segundo a organização, foi grande. Porém é difícil manter um estabelecimento gastronômico em uma cidade que, infelizmente, ainda é tão provinciana.

Desde a época em que eu conheci Blumenau – nos idos dos anos 90 onde pessoas que nunca tinham viajado para além da divisa do estado chamam a mim, paulista, de ‘forasteiro’ – até hoje a cidade mudou muito. Pluralizou. Ainda tem muitos aspectos de colônia e muitas  pessoas com o típico pensamento pequeno do interior, mas seu crescimento tem sido bom.

As cores têm aumentado. Sejam elas em pessoas, artes ou prédios. As opções de lazer se tornaram menos restritivas. Começaram a se formar núcleos de pessoas que se uniam por terem gostos similares. Às vezes essa união pode ser negativa, porque a criação de ‘tribos’ acaba atuando como agente excludente. Mas eventos como a Feirinha unem a todos.

De acordo com Diego Lottin, um dos organizadores, o feedback tem sido cada vez maior e isso pode ser facilmente constatado apenas ao se reparar no quanto o evento tem crescido.

Há um movimento por parte dos envolvidos, expositores e até comerciantes da região para transformar a Curt Hering num calçadão. A proposta é boa e aproximaria mais Blumenau de referências metropolitanas culturais como Florianópolis. Claro que sem haverá alguém para dizer que “a cidade já não tem ruas o bastante”. E não tem mesmo. Basta a prefeitura perder o medo de fazer obras grandes e realmente necessárias que vão além de tapar buracos de forma irregular.

Nós do BLUMENEWS, como dito sempre e sempre, apoiamos todas as iniciativas. Os artesãos, os artistas e qualquer um que queira mostrar seu trabalho. E pedimos: não barganhe preço com artesãos. Você não barganha com a caixa do supermercado o quilo da batata. Negócio é negócio.

Queremos MUITO parabenizar todos os expositores e, portanto, colocaremos abaixo a lista com todos eles e os links para as fanpages dos que as tiverem:

E, sim. Está em ordem alfabética. Respeite meu Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC). Não gosto de listas fora da ordem. Ainda mais se forem de pessoas especiais com lindos trabalhos a mostrar.

Você vai ouvir falar de crise. Todos os dias. Talvez mais de uma vez por dia. Mas a crise não existe. Ela é um bicho-papão criado para ter a quem culpar por nossa própria inércia. A crise, na melhor das hipóteses, somos nós mesmos. Então cabe a nós acabar com ela.

Prestigie seu amigo, vizinho ou conhecido que está tentando um negócio próprio. Dê valor ao comércio local de onde você mora. Quando damos forças aos pequenos, eles crescem. Idéias não se vendem sozinhas... elas precisam de empreendedorismo. E o empreendedor, no começo, é como uma mudinha de árvore: pequeno, delicado e exige cuidados. Mas se bem apreciado pode se tornar um frondoso cedro secular com metros e metros de altura.

Então – mais uma vez – parabéns aos organizadores, expositores e visitantes da Feirinha. Blumenau precisa de mais pessoas como vocês. E, quem sabe um dia, não iremos ter nosso próprio calçadão enorme cheio de cores, música e diversidade para poder chamar, enfim, de ‘lar’.

Abaixo uma pequena galeria de fotos tiradas durante o evento.


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Ricardo Latorre

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