O público de Blumenau (SC) conhece bem esse trio. E quem já acompanhou um show ao vivo da Supernova Jam no Paredão do Ahoy, no Sofá na Rua ou até quando eles tocaram na Feirinha da Servidão, com certeza está ciente da novidade.

No fim da semana passada, o grupo lançou o EP ‘Desespero (Ou Falta de Sorte)’ e imediatamente disponibilizou o disco para audição nas plataformas digitais.

Gravado em fevereiro de 2017 no Estúdio S, o álbum foi produzido por Serginho Rebello, mixado por Andrey Benassi e teve a arte da capa assinada pelo designer Gabriel Floss. O disco traz cinco faixas autorais e algumas inéditas, que entraram apenas recentemente no repertório do grupo.

Formada em 2014 e composta atualmente por Gabriel Borba (voz e guitarra), Luis Felipe Nicodemus (baixo e voz) e Herberth Goldan (bateria), a banda não demorou para se destacar na região. No ano seguinte, participaram do FUCCA e do Festival da Canção de Balneário Camboriú (SC) simplesmente na mesma data (e levaram o bronze em BC). Lançaram uma demo (que pode ser escutada aqui) e venceram o concurso Didge Garage Band com todo o mérito em 2016.

Em nota, eles revelam que o novo EP foi feito “sem certeza de onde chegar, mas com plena convicção do caminho a seguir”. As gravação procurou preservar a essência do som do trio ao vivo e fez poucas mudanças no conteúdo executado em shows. Eles complementam que “o que imaginamos ser importante, e o que nós inconscientemente queremos dizer, fazem essa obra ser tão pura, despretensiosa e canalizada com energias tão sinceras”.

Quem quiser escutar agora o trabalho lançado pelo grupo, é só clicar em um dos links abaixo:

Spotify: https://goo.gl/e87zUt
iTunes: https://goo.gl/gCuzs3
YouTube: https://goo.gl/gypi2f
Google Play: https://goo.gl/2TGDdA
Amazon Music: https://goo.gl/G3cj4q
Bandcamp: https://goo.gl/ZKQxpe
Deezer: https://goo.gl/4tLD8L

Fique de olho na agenda da banda para acompanhar eles ao vivo quando tocarem por perto. O trio segue sua trajetória em constante evolução e ainda vai nos brindar com muita música boa.

Nada melhor, então, do que finalizar o texto nas palavras dos próprios músicos.

"2017. Quase o fim de uma década. O vazio existencial às vezes atinge os mais acalorados e eufóricos corpos. A comunicação social extrapolou os limites da instantaneidade e engoliu as emoções. O silêncio invadiu as relações e se aproveitou das brechas para se sentir confortável em um lugar onde tudo já foi dito.

Alegorias à parte, a condição humana atingiu o êxtase do individualismo e do culto ao status. As reações são instantâneas e premeditadas, plásticas e impessoais. As letras e os números dominaram os sentimentos e esconderam as mágoas. Qual o sentido então, de ser tão refém do medo? Por que a insistência em dificultar os sonhos e lamentar o futuro?

Não cabe a ninguém denominar o que está ao seu redor. Não cabe aos outros conduzirem o rebanho a patamar tão estreito. Não cabe ao mundo depositar tanto peso nas costas de quem não merece crer que é triste o fim.

Por que o fim, na verdade, tende a ser apenas o começo.

Será que tudo isso é desespero? Ou o que falta é só um pouco de sorte?"