Minas Gerais agora tem um representante entre os melhores lutadores de MMA do mundo. Natural de Santa Luzia, o meio-pesado Vitor Petrino, de 26 anos, entrou para o ranking da categoria até 93kg do UFC (Ultimate Fighting Championship). Ele ocupa a 15ª colocação, o que o coloca na rota das principais lutas da organização e, consequentemente, na busca pelo cinturão.

A ascensão de Vitor Petrino no UFC é fruto da sequência de quatro vitórias na organização. Além disso, o atleta mineiro tem um triunfo no reality show Dana White’s Contender Series, programa que tem o objetivo de revelar novos atletas para o maior evento de MMA do mundo.

Ao todo, Vitor Petrino tem 11 vitórias na carreira. Ele está invicto no MMA profissional com sete triunfos por nocaute/nocaute técnico, um por finalização e três por decisão dos juízes.

O lutador entrou no ranking dos meio-pesados depois de vencer o australiano Tyson Pedro, de 32 anos, no UFC Vegas 87, no último fim de semana. A vitória foi por decisão unânime dos juízes. O campeão da categoria é o brasileiro Alex Poatan Pereira.

“Nessas horas passa um filme na cabeça. Todo esforço e dedicação valeu a pena. Agradeço ao meu time e todas pessoas que contribuíram para que chegássemos até aqui. Começamos essa temporada de 2024 bem e sei que tem muita coisa boa vindo por aí”, comemorou o atleta.

O cinturão dos meio-pesados já pertenceu a grandes lendas do esporte como Jon Jones, Daniel Cormier, Maurício Shogun Rua, Lyoto Machia, Randy Couture, Chuck Lidell e Vitor Belfort. Curiosamente, o título da categoria já pertenceu a um lutador de Minas Gerais. O ex-lutador Glover Teixeira, de Sobrália, foi campeão em 2021, no UFC 267, em Abu Dhabi, ao finalizar Jan Blachowicz.

Começo no Federação Fight

Vitor Petrino foi revelado pelo Federação Fight ainda como atleta amador. Foram três lutas pelo maior evento de MMA de Minas Gerais: duas em 2017 e uma em 2018. Ele perdeu a primeira, por decisão unânime dos juízes, mas se recuperou nas outras com triunfos por nocaute técnico. O lutador destaca como a organização foi determinante para o sucesso na carreira.

“Eu fico muito feliz por ser considerado a maior revelação do Federação Fight. Realmente eu fiz toda a minha carreira no amador, me capacitou para o MMA profissional. Só tenho que agradecer a todo o pessoal do evento por sempre ter me acolhido, me dado a oportunidade e por ter feito eu realmente gostar [do esporte]. Quando você é amador e está experimentando o esporte, não sabe como vai ser. A experiência que eu tive no Federação Fight foi o que me fez querer ser lutador. A maneira que eles tratam os lutadores, o público, o profissionalismo. O Federação Fight sem dúvida nenhuma é um dos maiores eventos do Brasil”, ressaltou.