Passou batida a injustiça com a Chape na Copinha

Passou batida a injustiça com a Chape na Copinha
Foto: Divulgação

Monday, 30 January 2017

Se a denúncia de irregularidade no Paulista fosse feita no momento em que foi recebida, regulamento apontaria catarinenses como beneficiados pela fraude.

O Batatais foi ‘esperto’. Comendo pelas beiradas desde o início da fase eliminatória, a surpresa vinda do interior de São Paulo não quis arriscar uma suposta garantia na final do torneio. Se a denúncia de irregularidade na inscrição de um jogador do Paulista de Jundiaí fosse feita no momento em que foi recebida pelos dirigentes, a história poderia ter sido bem diferente.

Melhor catarinense na edição de 2017 na Copa São Paulo de Futebol Junior, a Chapecoense estava novamente em foco. A derrota na estreia contra o Nova Iguaçu não tirou o brilho do time que representava o primeiro passo de reestruturação do clube após a grotesca tragédia que vitimou quase todo o elenco principal, que começava a se destacar no cenário nacional e sul-americano.

A Chape se classificou para a segunda fase, eliminou o São Paulo no primeiro mata-mata e depois passou pelo Capivariano, clube que jogava em casa e diante de sua torcida. Nas oitavas, derroutou o Ituano em Itu e nas quartas encarou o Paulista em Jundiaí. Os mandantes venceram por 1x0 e poucos dias depois, cartolas do Batatais receberam a informação de que o atleta Brendon Matheus Lima dos Santos, um dos destaques do Paulista, na verdade se chamava Heltton Matheus Cardoso Rodrigues e tinha dois anos a mais que a idade permitida para participar da disputa.

Se o Batatais, que eliminou nos pênaltis Botafogo (RJ), Ponte Preta e Ferroviária, além do Sport, levasse a denúncia para a Federação Paulista de Futebol (FPF) naquele momento, a equipe de Jundiaí teria sido desclassificada na fase anterior.

A semifinal seria Chapecoense x Batatais.

Claro que ‘vencer no apito’ não tem o mesmo gosto, mas o regulamento desclassificaria o algoz catarinense e colocaria a Chapecoense de volta na briga, como classificada e adversária do Batatais na busca por uma vaga na inédita decisão da Copinha.

Por mais que o Paulista estivesse com 100% de aproveitamento até aquele momento, os dirigentesda equipe da região de Ribeirão Preto (SP) não quiseram arriscar. Foram no “vamos pro campo primeiro e, se precisar, jogamos no ventilador depois”.

Na bola, tomaram um vareio.

O Paulista fez 5x1 sem misericórdia e já se preparava para enfrentar o Corinthians na decisão quando foi notificado e punido pela FPF. O Batatais herdou a vaga na final e segurou o favoritismo do alvinegro até literalmente os últimos minutos da partida, quando sofreu dois e ainda descontou com um golaço, mas ficou com o vice.

Talvez satisfeita pela boa campanha até as quartas, a Chapecoense não se pronunciou sobre o assunto. Não fez denúncia. Não pleitou seu direito pela vaga. Sabemos que o ‘se’ não existe, mas essa história poderia ter terminado de maneira muito mais bonita, ao menos colocando seu nome dentre os finalistas do mais tradicional torneio de base do país, que o Figueirense conseguiu faturar em 2008.

Além da Chape, quem chegou mais longe neste ano foi o Avaí, que derrubou o Santos no mata-mata, mas perdeu para o Juventus nas oitavas por 1x0. Criciúma e Joinville não passaram da primeira fase e o Figueira caiu diante do Fluminense logo na primeira eliminatória.

De qualquer forma, o futebol catarinense tem se desenvolvido cada vez mais e os resultados estão aparecendo. Temos apenas que meter com força a boca no trombone quando somos injustamente prejudicados.

E isso vale para qualquer situação da vida.


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Redação

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