Italiana desiste de luta contra boxeadora reprovada em teste de gênero

Friday, 02 August 2024
Outra vez assistimos com tristeza uma mulher sendo espancada por alguém que não pode ser identificada precisamente como mulher enquanto militantes imbecis aplaudem.
A primeira rodada da categoria até 66kg do boxe feminino nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 foi marcada por uma polêmica que tomou conta dos noticiários esportivos. A italiana Angela Carini abandonou o confronto contra a argelina Imane Khelif, uma das atletas anteriormente reprovadas em testes de gênero e posteriormente autorizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) a competir as Olimpíadas.
A decisão de Carini de jogar a toalha aos 46 segundos do primeiro round gerou diversas especulações, principalmente devido ao histórico de Khelif. A argelina foi desclassificada do Campeonato Mundial de Boxe do ano passado após testes de DNA revelarem a presença de cromossomos XY. Pouco tempo depois, o COI decidiu permitir a participação de Khelif em Paris.
Após a polêmica luta, internautas apontaram a argelina como uma mulher transgênero. No entanto, Khelif é cisgênero que, por questões biológicas, tem altos níveis de testosterona.
Apesar da polêmica envolvendo a adversária, Carini foi enfática ao negar que a desistência tenha sido motivada por questões relacionadas ao porte físico de Khelif. A atleta italiana alegou ter sofrido fortes dores no nariz após receber dois golpes, o que a impediu de continuar lutando. "Entrei no ringue e tentei lutar. Eu queria vencer. Recebi dois golpes no nariz e não conseguia respirar mais, estava doendo muito", explicou a italiana.
Polêmica dos testes de gênero
A participação de Imane Khelif nos Jogos Olímpicos tem sido alvo de críticas desde que a boxeadora foi desclassificada do Campeonato Mundial de Boxe em 2022 por falhar em testes de gênero. A Associação Internacional de Boxe (IBA) alegou que a atleta possuía cromossomos XY.
No entanto, o Comitê Olímpico Internacional (COI), que baniu a IBA por questões de governança, permitiu que Khelif competisse em Paris, adotando critérios de elegibilidade menos rigorosos.