E a pugilista masculinizada que massacrou uma mulher?

E a pugilista masculinizada que massacrou uma mulher?
Foto: Divulgação

Tuesday, 06 August 2024

A inclusão forçada de pessoas que claramente estão em locais onde não poderiam estar está custando o sangue de muitos para a alegria de poucos.

No dia 1º de agosto a boxeadora italiana Angela Carini desistiu de uma luta contra a argelina Imane Khelif aos 46 segundos do primeiro round. No final do combate a desistente reclamou da força excessiva da adversária que era visivelmente masculinizada.

Foi o bastante para que boatos surgissem por toda a internet.

Primeiro afirmou-se que Khelif era transexual. Depois disse-se que era hermafrodita.  Por fim divulgou-se que se tratava de uma mulher com contagem muito alta de testosterona (hormônio masculino). Mas era apenas o início da polêmica.

Outra pugilista olímpica – a taiwanesa Lin Yu-ting – também entrou na polêmica por sua masculinidade.

A Associação Internacional de Boxe (IBA) já havia suspenso ambas anteriormente por não considerá-las mulheres: “Um primeiro exame de sangue em 2022 revelou anomalias, depois confirmadas em 2023: as duas pugilistas tinham um 'cariótipo' anormal, o que indica que são do sexo masculino", disse Ioannis Fillipatos, presidente do comitê médico da IBA.

Ontem (5) a IBA voltou a se pronunciar sobre o assunto, afirmando que Khelif e Yu-ting “são homens”.

Um pouco de racionalidade

Um dos parâmetros usados para identificar esteróides nos exames antidoping é a anomalia na contagem de testosterona. Se o questionável Comitê Olímpico Internacional (COI) decidir normalizar a questão, então deveria ser coerente o suficiente para permitir anabolizantes. Mas, nesse caso, as disputas deixariam de ser entre seres humanos dedicados e bem treinados e passariam a ser entre os laboratórios com os melhores aditivos bioquímicos e potencializadores.

A verdade é que, independente de qualquer coisa, Khelif deveria ser proibida de lutar.

Quando alocada num ringue com mulheres, leva clara vantagem e pode massacrá-las. Caso realocada num ringue com homens, levará desvantagem e poderá ser massacrada. A verdade incômoda é que Khelif é um problema que só se resolverá com exclusão sumária.

Algum incauto poderá dizer: “mas ela tinha um sonho”. Todos têm, jovem. Mas, infelizmente, alguns sonhos não podem ser realizados. Milhões de mulheres querem (em vão) ser mães, inúmeros adolescentes sonham com seu primeiro carro que não terão e trabalhadores esforçados esperam por promoções que jamais virão. O mundo é injusto e ponto final. Alguém que teve as pernas amputadas pode até sonhar correr uma maratona, mas sem próteses nunca poderá fazê-lo.

A vida é assim. Seu sonho é voar? Caso não tenha asas, não pule de uma janela. Khelif se tornou um problema porque seu sonho é realizado às custas do sangue de mulheres normais. Porque – ao tentar forçar inclusão em tudo – a sociedade está excluindo aqueles que realmente estão em seu lugar devido. E a conquista feminista de uma categoria desportiva pra si escorre pelos dedos.

O meme da moto ultrapassando bicicletas com o título ‘motoqueiro se identifica como ciclista e bate recordes de BMX’ nunca foi tão real, infelizmente. O rei está nu e apontar sua nudez burra e esquizofrênica se tornou uma ofensa grave contra os imbecis e os alienados. Tudo para agradar e empoderar os mal-intencionados.


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Ricardo Latorre

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