No Complexo Esportivo do SESI, o Metropolitano recebeu o então líder Nação de Araquari na tarde deste domingo (15/06) pare tentar somar os pontos que deixou escapar nos primeiros jogos. Depois de um início de dia com chuva na cidade, os torcedores foram agraciados com um sol que manteve o clima quente para o que estaria reservado a eles logo nos primeiros instantes. Aos três minutos e meio, o zagueiro Ramon aproveitou a sobra de um escanteio e acertou uma linda bicicleta para abrir o placar em Blumenau. Uma pintura no SESI. O gol mais bonito da competição até o momento, sem sombra de dúvidas.

Sombra, aliás, não se via no gramado. A alta temperatura jogava a favor do time da casa, que criava algumas chances enquanto os visitantes pressionavam em busca do empate. Em uma delas, Gustavo executou um peixinho de almanaque para ampliar a vantagem aos 22 minutos. Com 2x0 contra, a reação do Nação foi imediata e Golden chegou a marcar, mas o assistente deu impedimento e anulou o que parecia ser um gol legal, para alívio de quem estava na arquibancada. Porém, 10 minutos depois, Scottini aproveitou um cruzamento longo na falha da saída de Éder e acertou uma cabeçada improvável na bochecha da rede para descontar o placar, 2x1.

Na volta para o segundo tempo, alguns trechos do campo passaram a ser cobertos pela sombra e Gustavo quase marcou mais um quando apareceu sozinho de frente com o goleiro Marcão, que fez ótima defesa. A sorte virou aos cinco minutos, quando o mesmo Gustavo tentava ajudar a zaga e acabou dando uma assistência para Libardoni empatar o confronto ao tentar tirar
afastar uma bola. O embate então ficou aberto e ambos os times tiveram chance de desempatar o duelo, mas Scottini foi derrubado dentro da área aos 23 minutos e o árbitro marcou pênalti. A chance da virada estava clara, mas Rene Santos bateu por cima da meta e reascendeu a torcida do Verdão.

A recompensa veio aos 28’ do segundo tempo, quando Luís Felipe se meteu no meio dos zagueiros e recolocou o Metrô à frente do placar, para a festa do Crocodilo do Vale, mascote do clube que animava os torcedores nas cativas. Os minutos finais foram de intensa pressão, mas foi justamente a pressa que decretou o destino do time que só conhecia vitórias até enfrentar o
Metropolitano. Na ânsia de sair rápido para o contra-ataque, o zagueiro Darlan escorregou e deixou a bola de presenta para Gustavo, que fechou a conta aos 47’. Para a alegria de 1.227 pagantes, o Verdão conquista seu primeiro triunfo e segue vivo na luta pela ponta da tabela.

O resultado em Blumenau acabou favorecendo o BEC, que viajou até Tubarão para enfrentar o Peixe no mesmo horário. Assim como contra o Metrô na semana passada, os mandantes fizeram jogo duro e deram poucos espaços no início da partida. O grande nome do Tubarão era o lateral Luís Roberto, que dominou o setor ofensivo por boa parte do confronto. A primeira chance de perigo do Tricolor foi com Habibi de cabeça, mas a oportunidade mais perdida da partida foi protagonizada por Vinícius Jaú, que ficou cara a cara com o experiente goleiro Sidão, que levou a melhor aos 13 minutos da primeira etapa. O ex-Botafogo, São Paulo e Vasco foi seguro e determinante para segurar o resultado, mas brindou a torcida adversária ao quase comprometer o placar quando em algumas saídas de jogo com os pés.

Jogando com seu belo uniforme branco pela primeira vez na Segundona, o BEC teve oportunidades na primeira etapa, mas teve que frear a pressão do Tubarão durante a parte final da etapa inicial. Se não fosse a segurança do goleiro Glédson, o time da casa provavelmente teria chegado às redes. Na volta do intervalo, o time de azul continuava com o ritmo forte e correu atrás da vitória em seu último jogo cumprindo pena com restrição nas arquibancadas. O Tricolor não conseguia produzir e se concentrava em não deixar que o Tubarão abrisse o placar.

A partir daí, dois personagens roubaram a cena. O primeiro foi o árbitro, que marcou equivocadamente algumas faltas perigosas para os mandantes e cometeu um crime aos 13 minutos quando ignorou a vantagem e impediu a sequência de uma jogada que colocaria João Vitor sozinho na cara de Sidão. Através da expressão que fez quando percebeu o equívoco, o árbitro reconheceu o erro e assumiu ter acabado com a melhor chance do BEC na segunda etapa. Já o segundo, precisou ser contido. O mascote do Tubarão passou boa parte do começo do segundo tempo próximo da meta de Glédson. Na primeira vez que apareceu, estava sentado do lado da trave e ‘pulou na  bola’ em um chute fraco que passou por perto dele. Depois disso foi orientado a ficar atrás da placa de publicidade e começou a reagir comicamente dos lances errados que executava o setor ofensivo do Tubarão. Sem dúvida, um dos destaques da partida.

Para mudar o panorama do jogo, o BEC ainda fez algumas alterações e o xodó Paul Henry esteve em campo nos minutos finais, mas não conseguiu mudar o resultado. A pressão do time da casa foi mais forte nos últimos momentos, mas o empate sem gols permaneceu e manteve o Tricolor como líder isolado da Série B ao fim da terceira rodada. Na sequência aparece o Carlos Renaux com um ponto e um jogo a menos. O Metropolitano está em quinto com quatro pontos e folga no próximo fim de semana, quando o BEC abre a rodada no sábado (21/06) contra o lanterna Porto, no SESI. Compareça para apoiar o time.